SALMOS ERÓTICOS 2

Esmeraldo e Esmeralda apaixonaram-se à primeira vista. Conheceram-se num dia de chuva quando ela lhe passou por cima com o carro devido ao facto de não trazer os óculos consigo e de conduzir com as pastilhas dos travões no “ferro” (…) ele prontificou-se a absolve-la reconhecendo o seu quinhão de responsabilidade, reiterando que não devia ter tentando atravessar a auto-estrada de noite com os olhos vendados, mas estava jogando à cabra cega no Bairro alto e não reparou que tinha passado para a margem Sul.
Na noite seguinte foram jantar num desses restaurantes onde se come à luz de vela – Toda a Baixa estava às escuras devido ao apagão das Cegonhas – (…) Ela ficou encantada com a sua inteligência e ouviu-o dissertar horas sobre as técnicas da apanha do Berbigão. Ele, por sua vez, não deixava de reparar nos gestos dela que revelavam uma graciosidade real, como o de levar azeitonas à boca e esquecer retirar os dedos antes de começar a mastigar.

Saíram dali para o engate… do carro que só pegou depois de ela o empurrar desde o Terreiro do Paço até ao Parque das Nações debaixo duma chuva torrencial.

Segue-se a descrição do acto sexual feita pelo próprio Esmeraldo:
“Fomos para a cozinha e sentei-a na a bancada junto ao frigorífico. Ela enrolou as suas pernas à volta das minhas enquanto lhe enfiava na boca, uma a uma, as uvas da fruteira provocando-lhe um gemido de prazer ao mesmo tempo que me esborrachava um tomate na cara. Em resposta, coloquei-lhe uma maçã na boca que a deixou sem ar. Quando iniciamos o acto propriamente dito, já tinha uma uva em cada narina e uma banana enfiada nos ouvidos. Ao atingirmos o clímax ela arrancou a porta do frigorífico onde se agarrara enquanto eu tinha uma das minhas mãos entaladas na torradeira. Quando terminamos, fumamos dois charutos cubanos. Quer dizer, eu fumei, ela comeu o dela julgando tratar-se dum Toblerone”.

Em, Só o poderão ler aqui, de Francis