A MINHA PERGUNTA É...
Ainda vivemos em democracia?
Depende de como cada um interpretar o conceito. Em Portugal, no que diz respeito ao partidarismo, o povo tem o direito de escolher entre o PSD e o PS. Sucessivamente tem o direito de passar os quatro anos seguintes a cada eleição a lamentar-se da escolha feita e de que a mudança de emblema político não acarreta qualquer outro tipo de mudança. Este fenómeno tipicamente nacional levanta outro tipo de questão: Que tipo de idiota bate duas vezes com a cabeça na mesma parede? Que espécie de mentecapto troglodita agita bandeirinhas festejando a vitória do seu Partido mesmo sabendo que o dia seguinte será igual ao outro anterior e que aqueles que elegeu não irão servir o país mas servir-se do país? Qual o estereotipo do cidadão que, sentado no sofá da sala depois dum dia de trabalho, observa o Ministro das finanças duma democracia ao estilo da América Latina afirmar que só não aumenta mais os impostos porque tem o povo em consideração?
O povo português é feliz por ser miserável. Depois de tantos anos amordaçados, com pouco nos contentamos. Ao fado que nos aguarda limitamo-nos a encolher os braços e a encontrar desculpas patéticas do tipo; dias melhores hão-de vir, daqui a quatro anos deitamos este governo abaixo, o doutor Marques Mendes é que vai por o país na ordem, que se lixe, vou fazer as compras a Espanha!
Durante uma troca de ideias, um cidadão nacional disse-me que gostava muito de ouvir o Francisco Louçã, mas que tinha medo de votar no Bloco de Esquerda porque “receava que a Extrema Esquerda terminasse a democracia em Portugal”. Sinceramente, não sei. Não sei se o Bloco é extremo ou se é anti-democrata. Sei, contudo, que o Bloco nunca foi governo e que os que foram governo prestaram ao país o serviço que está à vista.
Daqui a quatro anos vamos todos votar no Marques Mendes, depois festejamos nas ruas a sua vitória. Uma semana após a ressaca, o novo Governo PSD aumentará mais 2% os impostos com a desculpa que o PS deixou o país em tanga ou cuecas ou outra merda qualquer. Alternativas? Nem pensar! Temos muito medo que nos tirem a democracia!
Miséria? É Muito bem feito! O povo português tem aquilo que merece!
Depende de como cada um interpretar o conceito. Em Portugal, no que diz respeito ao partidarismo, o povo tem o direito de escolher entre o PSD e o PS. Sucessivamente tem o direito de passar os quatro anos seguintes a cada eleição a lamentar-se da escolha feita e de que a mudança de emblema político não acarreta qualquer outro tipo de mudança. Este fenómeno tipicamente nacional levanta outro tipo de questão: Que tipo de idiota bate duas vezes com a cabeça na mesma parede? Que espécie de mentecapto troglodita agita bandeirinhas festejando a vitória do seu Partido mesmo sabendo que o dia seguinte será igual ao outro anterior e que aqueles que elegeu não irão servir o país mas servir-se do país? Qual o estereotipo do cidadão que, sentado no sofá da sala depois dum dia de trabalho, observa o Ministro das finanças duma democracia ao estilo da América Latina afirmar que só não aumenta mais os impostos porque tem o povo em consideração?
O povo português é feliz por ser miserável. Depois de tantos anos amordaçados, com pouco nos contentamos. Ao fado que nos aguarda limitamo-nos a encolher os braços e a encontrar desculpas patéticas do tipo; dias melhores hão-de vir, daqui a quatro anos deitamos este governo abaixo, o doutor Marques Mendes é que vai por o país na ordem, que se lixe, vou fazer as compras a Espanha!
Durante uma troca de ideias, um cidadão nacional disse-me que gostava muito de ouvir o Francisco Louçã, mas que tinha medo de votar no Bloco de Esquerda porque “receava que a Extrema Esquerda terminasse a democracia em Portugal”. Sinceramente, não sei. Não sei se o Bloco é extremo ou se é anti-democrata. Sei, contudo, que o Bloco nunca foi governo e que os que foram governo prestaram ao país o serviço que está à vista.
Daqui a quatro anos vamos todos votar no Marques Mendes, depois festejamos nas ruas a sua vitória. Uma semana após a ressaca, o novo Governo PSD aumentará mais 2% os impostos com a desculpa que o PS deixou o país em tanga ou cuecas ou outra merda qualquer. Alternativas? Nem pensar! Temos muito medo que nos tirem a democracia!
Miséria? É Muito bem feito! O povo português tem aquilo que merece!
Nota: Este blogue é pelo povo e pela igualdade entre os cidadãos. Quem aqui vier, que decida se sou de Esquerda ou Direita.
Excelente fim-de-semana para todos!
posted by Francis at 8:11 da tarde
11 Comments:
Acredita que é de esquerda. Acredita que quem não é de esquerda, são os cabrões que em nome dela falam, mas que depois contra ela governam, decidem e agem. Acredita que eu hoje, perante o que ouvi, estou muito mais lixado com esta merda toda do que tu. Acredita que me apetece emigrar. Acredita que, por vezes, tenho vergonha de dizer que sou português, quando vejo outros portugueses a quererem lixar os seus pares. Acredita que esta merda vai melhorar. Se não acreditares... é pior.
Um grande abraço.
não é a acreditar que lá se vai...mas sim a lutar...porque enquanto acreditamos eles vão lixando-nos, estou farto de ser lixado..e eles riem-se a nossa custa...é frustante mas é a verdade.
Minha cara amiga: apenas num pequeno período pós 25 de Abril vivemos em Democracia. Sabemos o que a palavra quer dizer.
Não é o que se passa. Vivemos num regime parlamentarista neo-liberal, que mais não é que o antigamente com outro nome.
Democracia é muito mais do que um conceito. Democracia é cidadania, participação nas decisões importantes para todos. Isso não acontece, como sabes.
Definitivamente sou de esquerda. Fui-o sempre e assim será até ao fim.
Bom fim de semana
Eu sou social-democrata.
Sempre acreditei na Democracia, como um veículo para a instauração de uma política séria e que satisfizesse os interesses sociais, numa igualdade de direitos e de oportunidades e onde o estado tivesse um objectivo comum, na defesa dos interesses públicos e judiciais.
Mas, quando vejo no meu País, a ser instituída uma política, do salva-se quem puder, de corrupções, de vira casacas, de "apunhalarem" os seus próprios pares, para por interesses próprios, conjugarem forças e destruirem um partido, onde não existe uma liderança unida e coerente, posso dizer que, se em eleições livres, se apresentar um candidato DIGNO, FIRME, COM OBJECTIVOS CONCRETOS, para governar os desígnios deste País, com mestria e sabedoria,
sinceramente,
votaria na Esquerda, porque afinal, todos os outros já lá estiveram e, que fizeram?
Arruinaram o País!
A verdade tem que ser dita! Doa a quem doer!
um abraço e bom fim de semana :-)
Já há muito que digo que nãoé a Oposição que ganha eleições, mas o Governo que as perde!
Arre, que estes eleitores nunca mais aprendem!
Eu não sei se sou de esquerda ou de direita! Provávelmente sou burro! Uma coisa sei:- Sou um desiludido...
Um grande abraço para todos! Um beijinho especial para a Luna (ela sabe porquê) e uma saudação extra para o Zezinho que pensa que sou uma gaja!
politica? vou-me já embora. Estou farto desta merda.
M
Um idiota de esquerda... é o que és. "Pelo povo"? Tu não és pelo povo... és povo, bruto, ignorante, ressentido, sem gosto, sem finalidade. O "povo" que é pelo "povo", não interessa. Continua a depositar o teu voto, convencido de que és alguma coisa, e volta sempre.
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