O PÁLINHO VAI-SE MESMO EMBORA?

Apesar do Paulinho das Pheiras ter anunciado a sua renúncia ao cargo de Secretário-geral do PP, um grande número de bloguéres, do qual eu faço parte, mantém-se reticente quanto à profundidade da sua decisão fundamentalmente pelas razões que a seguir enumero.
Amado ou odiado o ministro PP é a única figura política nacional que consegue reunir consenso em torno da liderança do seu partido. Os partidários do CDS (Çomos Democratas Sentrais) continuam a venera-lo e não têm dúvidas de que o desaire eleitoral que sofreram foi provocado por factores alheios ao próprio partido. Os outros (nós) também queremos que a sua liderança continue, pois gostamos imenso do seu trabalho e à excepção de Santana Lopes, nenhum outro político é tão divertido.
Outra razão, prende-se com o facto do seu “trabalho” como Ministro da Defesa nem ter sido muito mau (só falhou nos dias em que compareceu ao serviço abandonando o conforto da sua residência oficial). Na verdade, se alguma coisa falhou na relação Santana/Portas creio que foi a comunicabilidade; estiveram sempre… de costas voltadas.
Por fim, não compreendo como pode haver um PP sem o PP. É manifestamente claro para os portugueses que o PP é o PP e sem o PP, o PP não deverá existir. A sua eventual saída do PP provocaria um vazio nos mais diversos sectores da actividade nacional incluindo a própria blogosfera. Seria, como já disse a Paula Bobo-ne na passagem de ano, “Agora que a Quinta das celebridades chegou ao fim vai-se instalar uma profunda depressão na sociedade portuguesa”.