sábado, setembro 02, 2006

Salmos Eróticos 11 (Onde está a minha Soraya?)

Os meus problemas linguísticos com a Soraya Cleynidisson começaram logo desde a primeira noite em que saímos. Aliás, a sua mordedura também se viria a revelar um sério problema. Soraya era uma brasileira morenita que veio morar para o bairro em princípios de Junho. As suas formas esculturais depressa chamaram a atenção de todos os homens das redondezas, disponíveis e não. Para conseguir traze-la até mim tive que disputa-la com mais de 100 candidatos e fiquei em vigésimo terceiro. Experiente e habituada às mais variadas exigências que se podem encontrar num homem, não foi fácil de encantar; no entanto, apelando ao meu charme e experiência na arte da sedução, consegui penetrar nas suas defesas ainda antes do Toni trazer o oitavo pires de tremoços.
A noite ainda era uma criança quando fomos até à casa dela – A minha estava em obras porque tinha batido acidentalmente com o carro na garagem e nem sequer tenho garagem – Mais uns copos e caímos nos braços um do outro. Quando nos levantamos, pedi desculpa, começamos na marmelada e fomos direitos ao quarto. Despimo-nos totalmente mas ela recusou tirar os sapatos de salto alto. Compreendi que estava na presença duma criatura frágil e delicada que manifestava algum pudor em ficar totalmente despida em frente dum homem. Por isso, não a pressionei, e para não agravar ainda mais o seu pouco à-vontade, uma vez que a altitude do calçado a deixava uns 20 centímetros acima de mim, pedi-lhe um par de sapatos emprestados que calcei com muito gosto.
Enrolamo-nos vezes sem conta numa explosão de sentimentos e de prazeres cósmicos intemporais. Passados 5 minutos, ela quis fazer amor em cima da maca que tinha na garagem. Disse-me que dava massagens nas horas vagas e que gostaria de ir até ao fim comigo em cima duma cama rolante… e foi mesmo. Joguei-a para cima daquele aparelho infernal sem reparar que as rodas estavam destravadas. Enquanto me agachava para baixar as calças, a maca deslizou com ela encima de perna aberta; saiu pela porta da garagem que não estava totalmente fechada e deslizou pela ladeira abaixo atravessando a rua principal da Vila. Ainda corri atrás dela, mas as calças nos pés dificultavam-me a correria. Fui para casa deprimido; vi a Floribela, bebi um chá e deitei-me ainda nem eram 10 horas.
Foi a ultima vez que vi a Soraya Cleynidisson.
Ainda hoje penso no que terá sido feito dela…

16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A Soraya passou que nem um tiro aqui pela minha rua, atrás já levava quatro cães, dois macacos, um guarda republicano e um bancário em férias, mas maca continuava a rolar forte...

9:44 da tarde  
Blogger Ana Luar said...

Correeeeeeee acabei de a ver a passear o cachorro no jardim da Estrela (risos)

7:19 da tarde  
Blogger Barão da Tróia II said...

Poça... mais um que vê a Floribela. LOL. Boa semana

11:18 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

... tão foi ela que passou na bisga aqui na rua!?... já levava um séquito jeitoso atrás!
Não te preocupes... parece-me que ainda ia de sapatos!
:o)

12:35 da tarde  
Blogger Francis said...

Mau! Tanta gente a dizer que a viu passar! Afinal quantas Sorayas existem? Ou será que a rapariga fez a Volta a Portugal em maca?

Cat, manda sempre :-)

Misty, ainda com os sapatos??? Óptimo, fico mais aliviado :-)))

Beijos e abraços, abraços e beijos!

1:13 da tarde  
Blogger mixtu said...

essa soraya, só a minha crmencita consegue ser pior... jajaja

abraços monárquicos

10:14 da tarde  
Blogger Bbel said...

Certamente, cabeça e juízo eu tenho, só não uso o segundo... Por isso perdi a primeira? Não sei.

Agora vou dar uma espiada por cá.

12:02 da manhã  
Blogger Bbel said...

Garanto que não está aqui no Brasil, nem haveria condições... [rs]
Vai ver ela só queria dar um giro por aí, daqui a pouco retorna.

Abraços,

12:07 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Hoje apenas deixo um beijo silêncioso à minha passagem e um voto de boa semana.
Nadir

12:16 da manhã  
Blogger naoseiquenome usar said...

Eu cá só quero saber que raio de garagem é essa que não é.....


Beijoooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!

1:04 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!

A sombra entre a mentira e a verdade...
A núvem que arrastou o vento norte...
- Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!

Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!

E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...

Florbela Espanca

10:39 da manhã  
Blogger Belzebu said...

Xiiii! Acabam de passar uma data de sujeitos,com sapatos altos e calças em baixo a perguntar pela doidinha da maca!!!!


eheheheh!!! É só rir!

Saudações infernais!

4:34 da tarde  
Blogger desculpeqqc said...

Fabuloso
Pela primeira vez, li um post de um blogue duas vezes!
E nada de me chamares nomes, pois compreendi-o à primeira!

11:56 da tarde  
Blogger pisconight said...

HAHAHA
OLha, olha... passou agorinha aqui em Braga... e não parou... continuou a correr...
;)

12:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

adorei=) os teus textos fazem-me rir, escreves muito bem*

beijinho

2:11 da tarde  
Blogger happiness...moreorless said...

vim comentar para deixar o meu nove link
apesar do nome ser o mesmo, o meu blog anteior teve um problema=/ e tive que o recriar.

espero encontrar-te em breve no meu espaço=)

um beijinho

1:00 da tarde  

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