domingo, setembro 10, 2006

A TÉNUE LINHA...

... entre o cu e as calças.
O Partido Comunista Português, teve como convidado da edição 2006 da Festa do Avante uma organização terrorista colombiana que dá pelo nome de FARC. Esta organização tem como principal meio de financiamento o narcotráfico. Parece comprovar-se que afinal os comunistas são favoráveis à liberalização de todo tipo de drogas e que para ser bom chefe de família basta tatuar uma foice e um martelo no braço.
Marques Mendes e Zé Sócrates, cozinharam à luz de vela uma eventual reforma na Justiça portuguesa. Para além da componente social, estes encontros a dois, provam aquilo que sempre pensei sobre estes Partidos; Entre PS e PSD, a diferença é o “D” e a arrogância com que decidem entre si os destinos do país são a confirmação de que em Portugal, politica é sinónimo logro, falta de ética e desonestidade. Os portugueses gostam, os portugueses aplaudem. Por outro lado, esta reforma vem em sentido contrário às tendências da linha politica desta Primavera-Verão que primava pelo encerramento de instituições démodé como Escolas, Centros de saúde e Maternidades. O Barbiku acha que Sócrates deveria continuar com a tesoura na mão. Não se justificam tantos tribunais no país a funcionar em velhos e decrépitos edifícios. Para Portugal, dois tribunais em Lisboa e um no Porto seriam suficientes.
A reunião dos tolinhos. Quinta à noite o pavilhão de Barcelos encheu-se com uns tolinhos que, vá-se lá saber porquê, ainda acreditavam que Sábado iriam jogar contra o Setúbal na Primeira Liga. O próprio presidente Fiúza apelava aos sócios para organizar cortejo de carros alegóricos com cachecóis e bandeirinhas para desfilaram pelas ruas numa antecipação do Carnaval. Eu assisti a isto estupefacto. A única coisa que me ocorre imaginar é o quanto Sócrates irá facturar quando legislar sobre a estupidez.
É Floribella mas cheira mal. Os miúdos até aos 12 anos pagam 5 euros. Os adultos que vão “gramar a pastilha” pagam 10 Euros (DEZ!) cada para ver um “concerto” musical com… 5 CANÇÕES que dura MEIA-HORA!!! A própria banda que faz a abertura do “espectáculo” leva mais tempo em palco.
É o reflexo do país.

10 Comments:

Blogger cat said...

Muito bom o teu blog
visita-me

8:42 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

As pessoas não são tolas por defenderem os seus direitos.
Devia saber isso.

10:48 da tarde  
Blogger Francis said...

Pois não! São tolas quando não sabem que significa "A FPF decidiu" ou "o tribunal indeferiu" ou "Esta decisão não tem recurso"!!!

11:22 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

Ai, ai, querido Francis.
Eu até gostava que o Gil Vicente vencesse em toda a linha e acabasse esta treta que de futebol não tem nada. Desculpa.
E como nota, digo-te que em termos jurídicos teria (se) ... :) todas as possibilidades de ganhar!
Beijos.
Mais beijos.

12:18 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Uma nova semana tomou o seu lugar, o tempo esse corre sem parar...
Bjx e boa semana

10:53 da manhã  
Blogger Barão da Tróia II said...

Bem dito. Concordo contigo. Boa semana

11:12 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Estou aberto ao debate e à discussão. As FARC há uns bons anos têm cativado a minha atenção. Volta e meia tenho procurado saber mais sobre as FARC e a Colômbia. Mas haverá quem fale sem ter feito o TPC. Não é liquido que as FARC sejam narcotraficantes. É possível que o sejam. As armas custam dinheiro e não ponho de parte que tenham recorrido ao tráfico de droga para comprar armas. Já os sequestros de ricalhaços e de sustentáculos do poder e de pedidos de resgate são uma prática visível. Mas mesmo na imprensa ocidental e latino-americana são poucas as pistas concretas que associem as FARC ao narcotráfico (chavões não contam). Aliás o narcotráfico é geralmente associado aos grupos paramilitares anti-FARC, neo-fascistas, apoiantes do Presidente Uribe e do poder estabelecido, e mesmo cartéis da droga que se organizaram há uns bons anos em grupos paramilitares pró-governo para usufruírem de alguma complacência e estruturarem a defesa armada do seu negócio. Mas além dos paramilitares as pistas também apontam para a envolvência social e política dos governos colombianos.

No Público de 10.09.2006, página 27, lê-se: "Escândalo nas Forças Armadas na Colômbia. No dia 31 de Julho, a poucos dias da cerimónia de investidura do Presidente Alvaro Uribe, uma série de bombas explodiram em Bogotá matando um civil e ferindo dez soldados. As autoridades acusaram então as FARC. Mas os autores tinham sido os militares."

Não sou advogado de defesa das FARC. Tenho discordâncias sobre o projecto final das FARC e os seus objectivos de tomada do poder através de uma revolução armada, especialmente sobre o pós tomada de poder. Mas é um facto que temos uma guerra civil na Colômbia. As FARC são mais do que uma guerrilha e reúnem quase um exército de regular de 20.000 combatentes que se movem quase sem entraves por 80% do território colombiano. Estes dados indiciam que as FARC são mais do que um bando de criminosos. Implica apoio da população. Mais do que medo que alguns podem invocar, implica apoio. A polarização da sociedade colombiana com a miséria de um lado e o poder instituído e o narcotráfico do outro lado são a base da guerra civil. A resistência, a luta contra o poder instituído e a polarização social foi ao longo dos tempos travada pela perseguição política e assassínio de opositores, incluindo pelas forças policiais e militares colombianas. Na década de 1980 foram assassinados milhares de sindicalistas, deputados e militantes de esquerda. Os paramilitares assassinaram milhares de camponeses. Já durante o ano de 2006 são reportados assassinatos de sindicalistas. Não é de estranhar que face à inviabilização de outros caminhos oposicionistas tudo isto tenha engrossado as FARC.

A guerra civil na Colômbia é uma realidade e é um dos conflitos mais importantes no mundo que importa resolver. Não existe no entanto grande vontade do Governo colombiano, que quer a paz mantendo todo o status quo actual. O status quo neo-fascista. Do outro lado da barricada estão as FARC. Mas há uma linha que importa reflectir. Tal como existe a condenável paranóia assassina da Al-Qaeda também existe a legitima resistência islâmica. O MPLA ou o ANC não eram terroristas ou criminosos. Obviamente que é difícil traçar uma linha entre terrorismo/crime e a resistência. Mas essa linha existe e de um lado temos a resistência. Pelos dados que tenho e até provas substanciais em contrário as FARC são resistência. Mas repudio os “danos colaterais”, à linguagem ocidental. Se uma guerra civil ou a resistência pode implicar confrontos com as forças contrárias/ocupantes, já o envolvimento propositado de terceiros é condenável. O Hamas, a OLP, a Fatah capturarem um militar do exército ocupante e opositor é um factor natural numa resistência ou numa guerra civil. Já não é defensável irem para o Aeroporto de Londres por uma bomba para atingir uns militares israelitas de férias ou para “castigar” o apoio do Reino Unido a Israel e ao mesmo tempo mandarem-me pelos ares quando chegava ao mesmo aeroporto para visitar um familiar ou de férias. Quando esta vítima até é contra a ocupação israelita. Por isso uma coisa é a resistência colombiana e outras coisa é as FARC raptarem uma candidata presidencial dos Verdes, que ainda por cima deve ser contra o regime neo-fascista colombiano, é condenável.

Em última análise apoio a resistência colombiana ou a palestiniana mas não apoio o terrorismo que daí surja. E o povo colombiano ou o palestiniano são muito mais do que o terrorismo, são muito mais do que as brigadas suicidas. Não conheço em detalhe o caso de Ingrid Betancourt. Mas parece ser uma pessoa terceira ao conflito e deve ser libertada e deve-se manifestar isso às FARC. Parecendo-me que as FARC estão no campo da resistência devem actuar de forma não passar para o lado do terrorismo/crime. Sobre a UE considerar as FARC terroristas, também Portugal classificava o MPLA, a FRELIMO o PAIGCV de terroristas e eram resistentes. A classificação é muito linear e até previsível. E por outro lado os blogues que lançaram-se contra as FARC, Tugir, Canhoto, Blasfémias e outros, num segundo momento foram nalguns casos forçados a reconhecer que não defendem Uribe e este também é condenável. Mas não os vi a defenderem a libertação dos presos políticos encarcerados pelo governo colombiano e não os vi a protestarem contra a presença da embaixada da Colômbia em Portugal quando esta representa um governo condenável (segundo esses blogues).

Obviamente que do ponto de vista legal é delicado para o Governo se as FARC, classificadas para as forças de segurança como terroristas, estiveram em Portugal e isso passou ao lado das forças de segurança e do governo. Mas isto não é muito mais do que folclore e ressabiamentos anti-PCP senão teríamos de ir muito mais longe e discutir a presença em Portugal da embaixada da Colômbia (um mau governo), a embaixada de Marrocos (que ocupa e oprime o Sahara Ocidental), a delegação do governo palestiniano que afinal são a representação de um governo do Hamas classificado como terrorista pelo Ocidente.

1:36 da tarde  
Blogger dakidali said...

Sempre em dia com um humor que aprecio.
Beijinhos

3:46 da tarde  
Blogger happiness...moreorless said...

tens uma forma muito interessante de expressar ideias.
crítico com humor. tens jeito pa isto, sabias?

um beijinho

6:14 da tarde  
Blogger pisconight said...

Sempre na linha da frente dos noticiários... mas com muito humor à mistura!!
;)

12:34 da tarde  

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