Novo plano tecnológico de combate aos incêndios

O Governo cor-de-rosa anunciou a derradeira arma secreta no combate aos incêndios para a saison 2006, surpreendendo até o próprio Barbiku, que nestes assuntos consegue noticiar em primeira-mão antes da própria fonte; O apelo à intervenção divina, pedindo a ajuda dos padres de todas as paróquias nacionais no combate ao flagelo. Os representantes da Igreja prontificaram-se a ajudar e, prevendo um aumento substancial do tráfego oratório religioso, ao qual Portugal não está preparado, negoceia já a compra de 800.000 Padres-Nossos e Ave-Marias e 100.000 litros cúbicos de água benta à Áustria. O Ministro do Comércio austríaco diz-se tão surpreendido quanto encantado com a possibilidade de realizar negócio de tal dimensão com o país do Carapau; coisa que não acontecia desde as transacções do carrilhão do Convento de Mafra e do sangue contaminado com o vírus H.I.V. comprado (em saldo) pelo mi(ni)stério da saudosa Dra. Leonor Beleza.
Outro aspecto positivo desta decisão é que os sermões não trazem custos acrescidos e revestem-se de invulgar importância no combate aos fogos pois não só apelam à consciência dos fiéis como explicam as mais inovadoras técnicas de urinar para cima das fogueiras. Além disso, permitem ao Estado dispensar os serviços de cerca de 5000 Bombeiros e dos aviões Canadair alugadas aos espanhóis ou aos franceses e que, normalmente têm que ser devolvidos com os depósitos cheios!
Por outro lado, espera-se alguma contestação por parte do Sindicato Nacional de Sacristãos que, pela voz do seu Secretário-geral, Felisberto Manita, já denunciou aquilo que considera um total desprezo pela Classe que não foi tida em consideração pela missiva governamental. Manita, lembra a importância inequívoca dos Sacristãos no puxar do sino da Igreja e na distribuição das hóstias e dos cálices sagrados, não se coibindo de avisar que sempre que estas tarefas foram entregues a serviços de Catering, registou-se um desaparecimento misterioso das bolachas sagradas e de alguns garrafões de vinho de Pias. Para além dos maus serviços prestados, ficando muitos crentes sem refeição durante as homilias.