Brutti, Sporchi e Cattivi

O Presidente Cavaco começou mais uma cruzada na sua curta (ou longa, dependendo do ponto de vista) presidencialidade. Depois da volta a Portugal – excepto Alentejo - da Exclusão, surge agora a volta a Lisboa da Inclusão. Perceberam? Exclusão, Inclusão, Inclusão, Exclusão! O homem que os portugueses sabiamente escolheram para colocar em cima de todos nós, visitou algumas das áreas mais problemáticas da Capital acompanhado de 10 seguranças à paisana, muitos mais uniformizados e muitos mais ainda de prevenção. No final manifestou confiança no futuro e garantiu que os locais que visitou são perfeitamente seguros. Como conclusão, ficamos a saber que, desde que levemos umas três dezenas de Policias atrás, não existem áreas de risco em Portugal.
O Professor José Hermano Saraiva referiu-se a um tal Salazar, considerando-o “ O grande estadista do Século XX”. Fiquei intrigado com esta afirmação e curioso por saber mais sobre esta figura; Quem seria Salazar? Fui ao Google, escrevi a palavra Salazar e recebi isto como resposta. A alternativa seria um Salazar que comandou um Governo de fascistas criminosos em Portugal e que o Diabo – bendito seja – levou em 1970.
A respeito de um Programa televisivo italiano que detectou Marijuana e Cocaína nos Deputados do país. O Correio da manhã pediu a opinião de Três Deputados portugueses sobre o consumo de estupefacientes por parte dos membros da Assembleia da Republica; As respostas são normais tendo em conta o tipo de políticos que grassam neste país:
Ricardo Rodrigues (Partido Socialista) “São uma intromissão na vida privada e constituem um crime” e acrescenta que jamais aceitaria que se fizessem testes de despistagem ao consumo por parte dos Deputados.
Miguel Portas (Bloco de Esquerda) “Um exemplo de mau jornalismo. Consumir drogas ou não é um problema pessoal”.
Então os senhores acham normal que um Deputado vá para o Parlamento, decidir o futuro dum país, sob efeitos de Marijuana ou Cocaína e que, caso o faça, é problema dele e ninguém tem nada com isso? Então porque razão, estão os Agentes da Autoridade sujeitos a testes para detecção de álcool ou estupefacientes? Se consumirem, o problema é deles! Ou será o Cargo de Deputado uma coisa de somenos importância?
Andamos a desperdiçar tempo e votos e não conseguimos nada melhor que isto?
O outro é que tinha razão: “Era corre-los com um pau de marmeleiro”!
Para quem estiver numa de cinematografia, aconselho um filme italiano de 1976: “Feios, Porcos e Maus”.