FELIZ NATAL

O senhor Jaquim chega a casa depois dum longo e cansativo dia de trabalho. Pendura o casaco e as orelhas no cabide e vai ao quarto ter com a esposa. Entra ainda a tempo de ver um indivíduo saltar pela janela.
- Que se passa? Quem era aquele?
- Hum… quem? Ah, era o Pai Natal – responde a mulher ajeitando o cabelo que parece ter sido vítima de um cabeleireiro Taliban.
- O Pai Natal? Pensas que sou parvo ou quê?! O Natal é só daqui a quatro dias!!
- Ah… Acho que ele antecipou as entregas por causa duma greve qualquer nos correios da Gronelândia.
- Pensando bem, ele tinha umas cuecas vermelhas – vai à janela do quarto - … e olha como corre rua abaixo! Deve estar em forma, o sacana do velho!... É verdade, pediste-lhe aquela bomba para encher as rodas da tua bicicleta?
- Sim.
- Olha, ele esqueceu-se da carteira no chão. Tem aqui o bilhete de identidade com o verdadeiro nome: Eurico Cenoura. Que raio de nome. Sabias que ele era Cenoura?
- Não. Mas fiquei sabendo.
- Pois, mas é melhor devolver-lhe a carteira. Tem aqui a morada; eu amanhã passo lá e entrego-lhe. É o mínimo que se pode fazer.
De nada serviram os protestos da esposa. Dito e feito; o senhor Jaquim voltou a casa no outro dia à tarde.
- Olha, querida. Estive na casa do Pai Natal!
- Oh, oh!...
- Mas ele não estava.
- Oh… que pena!
- Mas falei com a sua esposa e contei-lhe ao que vinha. Ela mal soube, convidou-me para entrar e montar com ela…
- Montar com ela?!
- Sim… a árvore de Natal. Montamos a tarde toda e eu já estava cansado e só dizia que tinha que me vir, tinha que me vir embora e ela implorava que aguentasse mais um bocadinho. Por fim só faltavam pendurar as bolas. Pendurei-as e antes de me vir embora ela levou-me para a arrecadação e deu-me um Foderico!
- Ai, homem! Ao menos porque não dizes, fazer amor?
- Não. Foi um Foderico mesmo? Ela deu-me uma fotografia autografada pelo Foderico da Fodibella!
- Ah, pois… que óptimo… pois, não fizeram mais nada?
- Hum… não… nada mais relevante.
Silêncio.
- Ah! Já me esquecia! Quando ia a sair, ela ligou para três amigas. Elas vieram a casa. Levaram-me para o quarto e… e…
- … E o quê, homem? Deram-te outro Foderico?
- Não. Desta vez foi um Foderão mesmo!... Espancaram-me, violaram-me e até me cavalgaram obrigando a saltar barreiras!
- … Ai, homem! E tu não recusaste?
- Eu recusava! Mas elas davam-me com as esporas no lombo e eu tinha que saltar!...
A todos os meus amigos, desejo um Santo e Feliz Natal todos os dias do Ano e que o meu destino não seja nunca melhor que o vosso. Obrigado pela vossa companhia, comentários e carinho. Adoro-vos todos (eu que nem sou piegas!)!!!
Beijos e abraços, abraços e beijos!!!