FOGO DE ARTIFÍCIO

Não posso deixar de começar este apontamento com uma grave reprimenda aos Australianos que uma vez mais furaram o bloqueio de Reveillon e deitaram os foguetes para o ar antes do resto do mundo. Das duas uma: Ou as pessoas do país dos Cangurus são uns mal-educados ou sofrem de ejaculação precoce. Aliás, houveram os mais variados tipos de Fogo de artificio um pouco por todo mundo. Em Bagdade, por exemplo, as cargas explosivas foram metidas dentro das viaturas e em Cuba, um engraçadinho qualquer escondeu os analgésicos do Fidel durante duas horas.
A Ilha da banana foi a região do país que mais investiu no festival de passagem de ano. Podemos dizer seguramente que o Alberto João queimou os últimos cartuchos de pólvora dos subsídios continentais na forma de foguetes e fogo de artifício. Por este andar terá que passar o Carnaval em tanga.
Saddam Hussein foi enforcado sem ver o fogo de artifício. O seu enforcamento cala as vozes da oposição de Jorge Bush que duvidavam do sistema penal dos Estados Unidos.
A Roménia e a Bulgária entraram na União Europeia cumprindo, assim, a promessa de José Sócrates de retirar Portugal da cauda do pelotão europeu. Portugal situa-se agora no antepenúltimo lugar, pelo menos durante um ano.
São muitas as vozes que duvidam da sobrevivência da Comunidade depois da entrada destes países a Leste. No entanto, se tivermos em conta que a U.E. sobreviveu à entrada de Portugal, pensa-se que qualquer desafio que vier a seguir será “canja de galinha”.
Desde que a SIC transmitiu a reportagem sobre o Pastor Hermínio, o moço não teve mais descanso. Parece que há uma semana que a Elsa Raposo não o larga. As ovelhas é que parecem aliviadas e têm um sorriso de orelha a orelha. Na noite de Reveillon o Pastor terá pegado no telemóvel e ligado para o 112 onde terá gritado por duas vezes: “Agora a ordenha é outra! Agora a ordenha é outra!”
O Cardeal Patriarca de Lisboa voltou a apelar ao combate contra a despenalização do aborto. O seu discurso teve o condão de me deixar na dúvida, pois quando morrer, a ultima coisa que desejo é apanhar a Barca do Inferno que me leve para aquele clima tórrido onde terei de passar o resto da eternidade (muito tempo) em calções de banho, rodeado de fulanas depravadas e pouco sérias que me refresquem o corpo abrindo garrafas de Espumante Alto Viso. Dizia eu, a sua opinião deveria ser levada a sério; só é pena que em Portugal a voz dos desempregados em pouco ou nada seja tida em conta.
Para este novo ano, desejo a todos saúde e trabalho, que já não seria mau tendo em conta as circunstâncias. E esperemos ver resolvido de uma vez por todas um dos maiores mistérios que ainda prevalecem neste país: Descobrir qual é o horário oficial de entrada do Deputados na Assembleia da República.
Perdoam a minha ausência assim como eu perdoarei a vossa.
P.S. Ah, e pelo amor de Cristo. Parem de matar Baleias e etc!