(Atenção, miúdo, com mergulhos desses, vais partir os cornos)
Et, voilá! Os franciús lá tiveram que engolir um sapo – Na verdade eles engolem sapos todos os dias, já que este batráquio horripilante faz parte da sua dieta regular, juntamente com ostras cruas, caracoletas gigantes extremamente ranhosas e queijos podres). Apesar de todo aparato da festa ter sido montado para que os franceses se sentissem em casa, da própria FIFA ter mandado acertar o relvado para suavizar as quedas do Thierry Henry e sua trupe de mergulhadores; o certo é que a coisa deu para o torto e a equipa afro-gaulesa acabou mesmo sendo… pizzada pelos italianos.
As esperanças eram elevadas nos franceses depois de nos terem levado a melhor no jogo dos mergulhos para a piscina. No entanto, o caudal de quedas na área italiana não foi correspondido em número de faltas - Henry terá mesmo saído no prolongamento com um traumatismo em ambos cotovelos. A capacidade combativa de Zidane despontou a 10 minutos do final quando cabeceou Matterazi, tendo visto um cartão vermelho. Fiquei confuso, porque julgava que eram os portugueses que tinham sido acusados pelos franceses de jogarem com “brutalidade”.
De resto, o Fair-play do Mundial foi fantástico. Holandeses, ingleses e franceses uniram-se numa cruzada anti-lusitana. A Holanda meteu um jogador só para “mandar ferro”, lesionou um jogador e foi expulso por agressão a outro. Quando foi para nos devolver a bola, o fair-play foi às urtigas. A seguir vieram os ingleses e Wayne Rooney foi expulso por agressão a Ricardo Carvalho enquanto os adeptos partiam vidros e defrontavam a Policia alemã, Cristiano Ronaldo era assobiado e vários turistas ingleses cancelavam as férias no Algarve. Por fim, os franceses que terminaram o campeonato com chave de ouro com a agressão de Zidane. Nenhum jogador português foi admoestado por agressão!
Conclusão: Os jogadores portugueses não têm fair play e são brutais.
Quanto a Portugal, pouco mais a dizer; A equipa ficou em 4º lugar, uma posição óptima para um pequeno país, embora modesta quanto ao valor da equipa. Resta-nos o consolo de saber que jogamos todos os jogos com 10 jogadores – Não. Não vou entrar nessa onda que todos jogaram bem – uma vez que Scolari prescindiu do Ponta-de-lança. Apesar do moço das galinhas ter voltado à forma, o outro, aquele dos queijos voltou a estranhar o esférico. Provando uma vez mais que se sente mais à vontade jogando com bolas feitas à base de leite condensado. O Postiga entrou sempre como segundo Ponta-de-lança, mas acabava os jogos a Defesa-central da equipa adversária. O Boa-Morte jogou contra o México, mas só a 5 minutos do fim percebi que era um dos nossos.
Excelentes: Figo, Ronaldo, Maniche, Ricardo, Miguel, F. Meira, R. Carvalho, N. Valente.
Mais-ou-menos: Simão, Deco A todos: Obrigado pelo esforço.