quarta-feira, novembro 28, 2007

O Poste do Magusto

A notícia deixou meio mundo político petrificado. Na outra metade, uns transformaram-se invisíveis, outros de borracha e alguns em autênticas tochas humanas.
O Ex-Ministro, abana-braços, Paulo Portas, vulgo Palinho das Feiras terá fotocopiado do Ministério da Defesa cerca de 62.000 páginas de documentação Secreta que alega serem cópias dos seus discursos. O Barbiku dá graças por tão proeminente figura só ter estado meio ano naquele gabinete, pois se tivesse cumprido um mandato inteiro, o Arquivo das suas intervenções orais teria que ser enviado para a Órbita terrestre por falta de espaço na Terra. O que é estranho é o facto do Paulo, personagem tão eloquente na língua portuguesa não saber o que querem dizer palavras tão simples como: Secreto, Confidencial, Não mexer, Desaparece, Cai fora, Põe-te a milhas, Faz-te um homem, Isto é a secção das senhoras, Não tocar, inútil, etc.
Como se não bastasse, parece que afinal alguns elementos camaradas de seita, lhe seguiram o exemplo: Telmo Correia, Luís Nobre Guedes e Morais Sarmento. As razões desta atitude de contornos obscuros e conspiratórios estão no segredo dos Deuses. O Telmo, a julgar pela sua acção governativa só pode ter tirado fotocópias de páginas em branco; O Luís dos Pinheiros… não estou a ver… O único cuja atitude é perfeitamente compreensível é o Morais Sarmento; a julgar pelo preço das Mortalhas hoje em dia, todo o papel que se conseguir arranjar para enrolar tabaco é pouco.
Intrigado, liguei para casa do Dr. Paulo Portas pedindo uma entrevista exclusiva ou apenas uma que não desse a mais ninguém. O líder centrista escusou-se de forma educada alegando que tinha de sair para fazer “umas encadernações” e passou-me a sua empregada, a Dona Clotilde.

- Dona Clotilde, a senhora é mulher-a-dias do Dr. Paulo Portas?

- Não sou nada mulher... ai que disparate... Eu sou a empregada da limpeza do menino Palinho. Lavo-lhe a roupa, limpo o pó, dou-lhe banho e como o menino não almoça em casa só lhe preparo a refeição da manhã quando ele se levanta. Sou eu que o monto.

- Monta o quê… o senhor Paulo?!

- Não! Monto o pequeno-almoço ao menino!

- Diga-me como foi a reacção ai em casa quando saiu esta notícia de que o doutor Paulo teria fotocopiado cerca de 62.000 páginas de documentos confidenciais no valor de 3 mil euros.

- Ai, o Palinho até ficou de boca aberta quando viu o que escreveram dele. Tanto que foi preciso o Rei de Espanha lhe ligar para o mandar calar!

- Mas é verdade? A senhora viu os documentos ai em casa?

- Olhe, vi!... Vi mas não é o que dizem por ai! Ainda ontem enrolei a carne que comprei no Intermarché nuns relatórios de submarinos e posso-lhe dizer que aquilo não era assim tão secreto. Mas olhe, foi um negócio que foi por água abaixo!
- Mas porque razão não era secreto?
- Atão! Diz-se que metiam água. Mas estavam à espera do quê? Eles andam debaixo de água, queriam que eles viessem à tona enxutos?!
- Então, e teve acesso a relatórios de contas?

- Olhe, eu muito pouco porque, como deve calcular, nesta casa ninguém me diz nada. Mas é minha opinião e do meu genro, que é contabilista, depois de ver as folhas das OGFE, que a aposta em fechar as Oficinas de fardamento do Exército e comprar as fardas ai por fora, não foi bem pensada; Mas a culpa não é do menino, era a Cinha que lhe metia coisas na cabeça! Onde já se viu, quem vai fazer agora roupa para os soldados? A Fátima Lopes? Ela só sabe fazer bikinis e cuecas de fio dental!

- Então, o Presidente da Republica não lhe disse nada por fotocopiar documentos secretos?

- Ai disse, disse! Ele ligou pr'aqui todo furioso e queria saber se no meio dos papéis estavam umas facturas de mobiliário de sala duma casa lá para Albufeira!

- Mas afinal, ainda não percebi para que precisa o doutor Paulo de tantas folhas...

- Castanhas!

- Como?

- O menino precisava das folhas para enrolar castanhas por causa do Magusto!

- Ah, pois…

- Olhe, não desligue! Vai falar com o Zé Mourinho?

- Huum, não… neste momento, não tenho nada agendado com o…

- Mas olhe, se falar com ele diga-lhe que de desistir daquele 4x5x1. Aquilo já está muito visto e foi por isso que já não ganhava jogo nenhum e foi despedido. Ele que volte ao 4x3x3 que sempre é seguro, precisava é de um bom Ponta-de-Lança, que não seja pastelão como o Cardoso…

segunda-feira, novembro 26, 2007

Analíse pouco detalhada, imprecisa e ruim

Nota: Algumas considerações são re-run ou best of. Quando um artista por mais medíocre que seja começa a repetir obra, é sinal que se aproximava rapidamente do apogeu da sua desgraça que, de qualquer forma, nunca será tão ruim como uma visita da sogra.

O Conde Castelo Branco disse que pretende fazer uma cirurgia plástica... ao seu cão! (sim, é isso mesmo!) Fontes do Barbiku garantiram-me que a operação passa por cortar as unhas do bicho e ampliar o pénis para o dobro do tamanho. O Conde já se terá queixado que manter o animal au point dá muito trabalho: “É um peso que carrego às costas”; terá confidenciado.
É como diz o reclame do OMO: Branco mais Bronco não há.

Ainda não me sai da cabeça o anúncio do ZooMarine no Correio da Manhã pedindo “Tratadores de animais com o 12º ano de Escolaridade”.
- O senhor tem o 12º Ano completo?

- Não, senhor, só tenho o 11º.
- Apenas o 11º?! Como, diabos, espera conseguir atirar bocados de peixe para dentro da boca duma Foca?
- Desculpe, pensei que...
- Pensou mal! Daqui a pouco também vai pensar que pode limpar o cocó dos Papagaios sem tirar advocacia, não? Já agora, qual a disciplina que lhe falta?
- Filosofia.

- Lamento mas não o podemos aceitar. Filosofia é fundamental. Forme-se lá em Filosofia e volte cá depois.

Na Madeira, um fulano chamado Manuel plantou uma bananeira. O Presidente Alberto João, já veio dizer esta árvore irá dar um novo impulso à Economia regional.
- Agôra, é que já nã precesamos do contenete pra nada! – terá dito mesmo sem tirar a roupa.

Um homem vai ao Centro de saúde para ser tratado (como se isto fosse possível).
- Preciso de uma consulta, fui assaltado e sofri um Traumatismo Ucraniano.
- O senhor quer dizer: Traumatismo Craniano.
- Não, não. É Traumatismo Ucraniano. Fui assaltado por uns gajos do Leste.

Portugal apurou-se para o Euro depois de quase vencer a dificílima Finlândia. Depois dos jogadores sérvios, Scolari dá agora um murro em quem duvidava do êxito da nossa campanha.

Na próxima cimeira UE/Africa, o Kadhafi já exigiu ficar a dormir numa tenda. Ao saber desta demanda, o Robert Mugabe não se ficou atrás e já ameaçou que só vem a Lisboa se o deixarem dormir em cima da uma árvore.
Aliás a vinda do Kadhafi é positiva; a sua presença na jantarada, significa que não haverão atentados terroristas enquanto for servido o Bacalhau à Gomes de Sá.
Já agora, aproveito para pedir a quem tiver sacos-cama ou um fogão da Camping-Gaz, o favor de os emprestar ao líder líbio.

É tudo por agora; pode não ser bom mas é barato. Boa semana!!!

terça-feira, novembro 20, 2007

A anormalidade normal

Existem 4 coisas que um homem nunca pode deixar de fazer nesta vida; a Primeira é ter um filho (nem que seja Bastardo) a Segunda, plantar uma árvore sem ser de cabeça para baixo; a Terceira, tentar descobrir porque, raios, as duas bolinhas do orgão reprodutor sexual masculino se chamam Trêstículos, quando elas são apenas Duas, e se não seria mais lógico chamar-lhes Bistículos? a Quarta é assumir publicamente as paixões de infância.
Foi através dum Blogue dum grande amigo que fiquei a saber que as paixões dos jovens pelas professoras são uma questão corriqueira e banal. Em boa verdade, devo dizer que esta descoberta tirou-me um peso enorme de cima porque tive uma paixoneta pela minha professora de francês do 1º Ano do Ciclo e nunca tive coragem de o admitir. Durante anos vivi este sentimento de culpa e remorso pelas atrocidades imaginárias que lhe fiz. Momentos houveram em que desejei voltar a vê-la para lhe pedir desculpa por tê-la atado à cadeira ou pelo chão frio da cozinha com todas aquelas frutas e vegetais e… mais vegetais; Mas por outro lado optei por esquecer receando que o nosso eventual reencontro não fosse sinónimo da minha reabilitação espiritual mas do resto da minha desgraça.

Segundo o que li, o aluno apaixona-se pela professora porque vê na sua figura, a imagem da própria mãe. Ora, devo dizer que acho isto bastante difícil de acreditar, até porque a minha mãe nunca usou calças de ganga muito apertadas revelando um traseiro que fizesse inveja à Tiazinha. Alem disso, posso assegurar com toda a certeza que, se a minha professora de francês fosse a minha mãe, eu teria sido amamentado até, pelo menos, aos 18 anos de idade.
Portanto, seja como for, estas paixonetas secretas têm a sua explicação perfeitamente lógica e não vale a pena nos recriminarmos por pensarmos que existe algo de errado com a nossa psique. Podemos finalmente assumir as nossas fantasias com médicas e enfermeiras de bata, mulheres polícia, lojistas, secretárias, professoras, vizinhas, lingerie vermelha ou preta, chicotes, bonecas insufláveis, frutas ou vegetais, máquinas de café, etc.
Já posso sair à rua em pijama e gritar a plenos pulmões: "Eu sou um gajo normaaaal!"

terça-feira, novembro 13, 2007

Memórias de uma Gueixa

Vi recentemente “Memórias de uma Gueixa”. Um Drama que o autor decide transformar em romance nos últimos 2 minutos do filme. As Gueixas eram as Prostitutas finas do Japão; ensinadas desde tenra idade numa escola própria a arte da concubinisse. Para singrar na carreira teriam que aprender a se vestir, falar, dançar, tocar e massajar – em Portugal exige-se muito menos - Para a complexa cultura nipónica em que a frontalidade pode ser entendida como falta de educação, o jogo sexual teria que obedecer a um conjunto de regras estabelecidas. O acto final jamais teria lugar se uma cadeia de acontecimentos não tivesse sido escrupulosamente seguida. Após esta minuciosa introdução, já estamos em condições de imaginar como terão sido os preliminares do primeiro encontro entre Carolina Salgado com o grande amor da sua vida.
- Olá, linda menina. Tu danças?
- Não.
- Cantas?
- Não.
- Falas bem?
- Não. Credo!
- Tocas instrumento?
- Ah, isso toco!
- Há algum ritual a respeitar antes de irmos para a cama?
- Sim. O ritual da carteira!
Podem-me chamar romântico incurável, ou outras coisas bem piores, se preferirem; mas o filme despertou em mim um enorme desejo de aprofundamento da cultura japonesa... Está bem, é mentira. Fiquei apenas com vontade de conhecer de perto uma Gueixa. Vai daí, pego no Correio da manhã e começo a procurar na secção das concubinas por uma rapariga que preencha este vazio que a película me deixou a nu.
- Estou? Fala a Lola do centro de massagens e muito mais?
- Sim.
- Eu queria saber se me pode arranjar uma rapariga que seja Gueixa.
- O quê? Você qué arranjá uma rapariga que seja gay...?
- Não. Embora a ideia não seja de jogar fora. Eu queria uma Guei-xa! Uma que toque um instrumento...
- Áqui todás tócamos no instrumento, senhor!
- Eu refiro-me a uma espécie de viola. Eu queria uma rapariga que tenha aprendido a arte da sedução ao estilo japonês. Que se vista toda elegante de Seda. Que cante lindas melodias e dance de forma sensual... percebe? Eu quero uma Fada!
- Claro qui pércebo! Você quer uma Fod...
- Não. Eu quero alguém com mais dotes! Por exemplo, alguém que também me massaje suavemente as costas...
- Ah, compreendi! Você qué o Inácio! Eu vou-te mandar o Inácio!
- Não! Pôrra! Esqueça!

Esta complexidade das relações actuais leva-me à viagem imaginária que fiz recentemente à India. A minha amiga Rasha apresentou-me a sua prima, Deusa, que vinha do terminus duma relação penosa.
- Vais gostar da minha prima Deusa. É maravilhosa. Não merecia as barbaridades que o seu namorado lhe aprontava. Mas que fazer? Era um tipo bruto, sem cabeça nenhuma!...
- Percebo. Quando dizes, sem cabeça, queres dizer, sem juízo!
- Não. Quero dizer sem cabeça, mesmo. Ele não tinha cabeça.
Os meus receios dissiparam-se quando fez o pop up da fotografia da rapariga mais linda que alguma vez vira. Uma autêntica Barbie morena de olhos verdes, da cor do Sporting mas sem as riscas.
- Apresenta-me já! Se o rosto é assim, o corpo não pode ser pior!
- Calma. Há uma coisa que tens de saber...
- Qual quê! Traz-ma já!
- De certeza? Não queres saber...
- Nada! A rapariga é linda! Que mais há a saber?
Quem me conhece, sabe que as qualidades físicas não são o meu requisito primordial na escolha dos amigos; Aliás, tirando as revistas, a condição física é um dos factores a ter menos em conta... A não ser que a nossa companhia seja de origem indiana, se chame Deusa e tenha quatro braços! Confesso que à partida ainda tentei analisar as vantagens de ter uma namorada braçupede, que me abraçasse e apalpasse o rabo ao mesmo tempo, no entanto, a situação atingiu os limites do bizarro e, na cama, não conseguia deixar de pensar que estava fazendo amor com um Polvo.
Enfim. As coisas ficaram por aqui. Voltei a Portugal e tenho agora uma relação estável. Ando a comer uma Sereia que conheci na Praia do Vau.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Parabéns pra mim!...

A efeméride passava-me quase ao lado. Não fosse o telefonema de parabéns do Presidente Cavaco, ter-me-ia esquecido por completo que o Barbiku fez ontem 4 anos!
Olhando para trás a questão inevitável que se coloca é: Valeu a pena?
Nem pensar! Tem sido um desperdício de tempo e dinheiro, a Prosa é francamente medíocre e em certas passagens confunde-se com uma lista de compras da mercearia. A grande questão é: Com uma qualidade tão ruim, porque razão não consigo sucesso nas vendas tal como a Carolina?
Como se não bastasse fui ver os cerca de 800 mails que tinha por abrir e descobri que uma décima parte são publicidade ao Viagra; Óptimos descontos e resultados magníficos. Como foi que isto aconteceu? O meu nome consta nalguma lista nacional de impotentes? Alguém falou? Quem falou? Aconteceu apenas uma vez. A televisão estava ligada e apareceu o D. Duarte Pio. Eu não consigo ter relações em frente da Realeza. Fico inibido!
Na verdade, acho que não sou capaz de faze-lo em público, razão pela qual não sou actor porno; isso e por ter uma ligeira dificuldade em controlar a espuma que me sai da boca sempre que as vejo em bikini.
Mas, enfim. Se me perguntassem qual seria o meu balanço ao longo destes 4 anos de actividade, eu diria que tentei mudar a mentalidade Política nacional e acho que consegui: Agora está muito pior! Alertei para o flagelo da Educação e fecharam-se escolas. Mas... ainda temos muito trabalho pela frente! Muitas lacunas por preencher... e mais e mais lacunas... não sei porquê, mas este nome não me sai da cabeça... lacunas... e enfim. Ainda tenho que aconselhar o José sobre o melhor local para a construção do Aeroporto e por alguma razão, não me sai da cabeça que o local onde se situa o Hospital do Barlavento em Portimão, dava o óptimo campo de Golfe.
Obrigado especial a todos aqueles que por alguma razão sinistra continuam a meter os pés neste espaço ruinoso. É por vós que mando a carroça para a frente… por vós e pelo país, claro está!
Um grande abraço a todos!
… e beijinhos para a meninas :-)