quarta-feira, novembro 29, 2006

A SAÚDE EM 2008

O senhor Jaquim acorda da operação a que foi submetido no único hospital existente no país, um Hiper-Mega-Ri-fixe Centro de Saúde em Lisboa a dois passos do Colombo e do Estádio da Luz. O cirurgião de serviço cumprimenta-o efusivamente.
-
Então, senhor Jaquim. Sente-se melhor? Olhe que já é muito bom estar vivo!
-
Sim. Sinto-me muito bem. Que aconteceu?
-
Ora, não se preocupe. São efeitos secundários daquele clorofórmio. Mas não se preocupe. A operação para retirar o Fígado foi um êxito.
-
O Fígado? Qual Fígado? Eu vim aqui apenas arrancar um dente!
-
Epá, tem a certeza? Olhe que na sua ficha diz: Fígado.
-
Não, caramba! Era um molar, um molar!!!
-
Hum… pois… que chato. Mas olhe, pelo menos ficou com um.
-
Um como? Fígado só há um. Os pulmões, é que são dois!
-
Hum… pois… sim…
-
Alto lá! Isto não fica assim. Eu quero o meu Fígado de volta!
-
Pronto, pronto. Não se enerve, deixe-me consultar o computador e ver o que podemos fazer – Joga-se ao computador pianando algumas teclas – Epá, não pode ser!
-
O quê, senhor doutor?
-
Apagaram-me o Fórmula 1 quando estava quase a conseguir a minha primeira vitória. Mas deixe-me ver… hum… sim… pois… não. Já não há nada a fazer. O seu Fígado foi usado para engrossar os lábios do Castelo Branco… Castelo escreve-se com um ou dois “éles”?
-
O quê? Então tiraram-me o Fígado para fazer o cu dum gajo? Mas isto é incrível! Já não venho a este hospital. O Sócrates é que tem razão. Mais vale ir a Espanha!
-
Calma, senhor Jaquim. O senhor até tem uma certa razão. Mas deixe-me ver o que posso fazer por si. Vejamos… - volta a atacar o teclado - … Olhe temos aqui um belo par de mamas. Está interessado?
-
Não!
-
Hum… talvez uma perna. Temos aqui disponível uma perna do Sokota. Vem com um brinde surpresa.
-
Não. Eu quero o meu Fígado!
-
Caramba, homem. Olhe que é um pouquinho melindroso! Não posso, então tenta-lo com mais nada? Uma orelha esquerda, um pénis dum actor porno que morreu num acidente?
-
Espere, espere! Calma, homem! Não vamos ser intransigentes. Sabe que a intolerância é a ruína dos homens… o senhor disse; Um pénis dum actor porno?
-
Sim.
-
É grande?
-
Aqui no computador não diz. Mas segundo ouvi dizer, o homem tinha grandes problemas em fechar a braguilha.
-
Hum… pois… Acho que uma coisa dessas me ficaria bem. Não acha?
-
Sim. É mesmo a sua cara!
-
Então… se eu meter o pénis, não pago nada? Fica pelo fígado?
-
Então já não quer o fígado?
-
Epá, mais fígado, menos fígado não faz diferença nenhuma. Não é verdade? Também é uma peça do corpo que nunca vemos e, já sabe, longe da vista, longe do coração. O doutor consegue mete-lo sem problemas, não é verdade, de olhos fechados?
- Ò meu amigo. Não se preocupe. Com os olhos fechados ou abertos, é como se já o tivesse metido. Esta coisa da Flexisegurança, foi o melhor que me podia ter acontecido!

terça-feira, novembro 28, 2006

Descubra as diferenças!

Passatempo Barbiku:
Estas imagens, aparentemente iguais, têm 8 diferenças escondidas.
Descubra-as e ganhe um fim-de-semana para 2 pessoas em Bagdad com visita bombástica à cidade!
A grande questão da semana: Os pilantras que nos (se) governam pretendem adoptar o sistema dinamarquês de contratos de trabalho. Chamam-lhe flexisegurança (Este nome soa-me a esturro). A minha pergunta é: Se passarmos a usar o sistema contratual da Dinamarca, isto quererá dizer que também vamos receber ordenados iguais aos dos dinamarqueses?

domingo, novembro 26, 2006

A Odisseia do Baton

A minha amiga H. visitou recentemente os Estados Unidos. Contou-me que uma Hospedeira lhe confessou que uma das maiores reclamações que recebem é por causa da restrição ao transporte dos batons nas bolsas das passageiras. Devo dizer que concordo inteiramente com as posições assumidas pelas clientes. E se acontece alguma emergência? E se alguém precisar urgentemente ser beijado? No entanto, se repararmos com atenção, poderemos constatar que as Hospedeiras têm sempre os lábios pintados, o que pressupõe serem as únicas mulheres a bordo autorizadas a usar o Robbialac labial e que, por sua vez, confere uma auréola de discriminação e injustiça em relação às restantes passageiras.
Imaginemos a seguinte situação: Eu vou numa viagem de avião. De súbito, solto um grito e peço ajuda. Vem a mim um Hospedeiro (sim, porque eles andam aí!).
- Posso ajuda-lo, senhor?
- Sim. Preciso urgentemente duma Hospedeira. Chame-me uma Hospedeira imediatamente carregada de Baton.
- Posso perguntar porquê?
- Hum, sim. Acho estou a ter um ataque de pânico devido a carências afectivas; Preciso dum abraço e duns beijos de mulher, mas uma que não tenha os lábios secos.
- O senhor não tomou os comprimidos antes de embarcar?
- Tomei apenas aqueles contra as náuseas. Mas esqueci-me dos anti-depressivos amorosos no quarto do hotel.
- Pois, é chato.
- Despache-se lá, homem! Preciso dum linguado a todo momento. Traga-me uma loira, se poder ser.
- Receio que as Hospedeiras estejam todas na primeira classe. Houve um passageiro que sentiu uma ansiedade fálica e estão todas a tentar acalmá-lo.
- Caramba! Não podia ter esperado cinco minutos? E agora como me vou safar? As passageiras por esta hora têm os lábios secos.
- Calma, senhor. Eu estou aqui. Posso ajuda-lo, se quiser.
- Você?! Nem pensar! Eu preciso é duma gaja, mesmo!
- Bem, elas…
- Está bom, está bom. Já percebi. Deixe lá. Eu aguento-me até aterrarmos; na verdade, até nem me sinto assim tão mal.
Dedicado à Teresa e à A.P.C. :-)

quinta-feira, novembro 23, 2006

Aventura em África (Episódio Piloto)

Aventura em Africa é uma série de aventuras passada na Selva. Fala-nos de 3 cientistas amigos, Tó, Ró e Jó, que percorrem a savana africana enfrentando todos os perigos mas nunca virando a cara à luta em nome da ciência e do desenvolvimento da humanidade e dos homens em geral.
Tó entra na tenda onde Ró e Jó tomam o primeiro café da manhã. A sua cabeça está às voltas devido a uma gigantesca ressaca.
- Ai, que ressaca! Aquele vinho era mesmo forte! Não me lembro de nada do que se passou ontem. Alguém sabe porque razão o cu me dói tanto?
- Pois… - Responde Jó hesitante - … é uma longa história. Lembras-te de termos chegado ao acampamento das Amazonas-ninfomaníacas-que-fazem-amor-com-todos?
- Sim?...
- Bem. Eu e o Ró fomos com duas para uma tenda e tu ficaste de guarda à porta para o caso da Rainha aparecer.
- Então?... Eu não ganhei nada? Não tive acção?
- Quer dizer, tiveste! Até muito mais do que nós. Não é assim Ró?
- Sim – Continuou o Ró – Como só haviam 2 gajas disponíveis, tiramos à sorte e saiu-te a ti guardar a porta por causa da Rainha.
- Percebo. Então, a Rainha chegou…
- Não. Quem veio foi um Gorila-monta-por-trás e tivemos que fugir.
- … E fugimos para onde?
- Quer dizer, tu não fugiste. Porque achamos que alguém tinha que proteger a nossa rectaguarda e como tu eras o único que não tinha as sapatilhas calçadas…
- Eh, pá. Foi lindo! – Insiste o Jó – Havias de ver como nos protegeste. O Gorila chegou a ti, mas de ti não passou!
- Mas que tem isso a ver com o meu rabo?
- Bem… quer dizer…
- Deixem-me ver se percebi. Vocês comeram 2 amazonas. Veio o Gorila a deixaram-me à minha sorte, assim sem nada?
- Não, pá! De forma alguma. Deixamos-te uma embalagem de preservativos e CD do Tony Carreira no Coliseu!
- … E isso acalmou a fera?
- Não, mas acalmou-te a ti! Deixaste de gritar tanto. Mas caga nisso! Temos óptimas notícias; conseguimos o sémen do Boi-Cavalo que tanto precisávamos. Não foi, Ró?
- Sim. Enquanto tu parecias um zombie devido à mistela de sangue que o Feiticeiro Zulu te deu a beber…
- Espera aí… Aquilo não era vinho?
- Não, totó! O vinho bebemos nós. Mas caga nisso. Sabes que a bomba da ordenha está avariada e vai daí, era preciso alguém para ordenhar o Boi-Cavalo e… pensamos, como tu assim como assim, já tinhas aviado o Gorila; Dissemos: Cá está! O Tó, pode ordenhar o Boi!
- Foi lindo! – Prossegue o Ró – Tu tens um talento natural. Depois logo vês as fotografias que te tiramos e que já enviamos para a tua família.
- Deixem-me ver se percebi… Graças a vocês, fui sodomizado por um macaco gigante, masturbei um Boi-Cavalo e as fotografias que me tiraram foram enviadas para Portugal?
- Sim. Basicamente, foi isso.
- E que usaram desta vez? O CD do Tony Carreira no Coliseu?
- Não, pá. O Gorila deu cabo do Hi-Fi. Mas cantamos aquela dos Beatles, “Ò Leonilde is love”. Foi lindo! Mas há mais! Conseguimos também aquela planta medicinal rara. Enchemos 4 tubos de ensaio. Só tinha um problema; era preciso arranjar forma de passa-la na Alfandega.
- Não digam mais! Cantaram o “Ò Leonilde is love” e enfiaram-me os tubos no cu!
- Epá, não! Quem, raios, pensas que somos? Não fizemos nada disso! Metemos os tubos na Mochila.
Pausa sepulcral… silêncio pesado… incomodativo mesmo.
- Então, onde está a Mochila?
- Pois, isso foi outro problema porque só tínhamos verba para usar os carregadores indígenas no percurso de ida. Por isso… enfim… é verdade. Tens a Mochila enfiada no rabo. Por isso é que sentes alguma dor.
- Hum, pois… e que canção cantaram desta vez?
- Não foi canção, empurramos com os pés.
- Há mais alguma coisa que deva saber antes de embarcarmos?
- Já que falas nisso. A tua noiva… ela faz o buço dia sim, dia sim. Não é verdade?
- S… sim?...
- Hum…epá. A gente conta-te no avião. É mais engraçado lá em cima!

quarta-feira, novembro 22, 2006

ANTROPOLOGIA CULTURAL 2

Conversa entre 4 indivíduos à porta da Estação de comboios.
- Quando andava na escola, escondia os livros antes de entrar na sala de aulas. Dizia à professora que me tinha esquecido deles em casa. Assim, safava-me a muitas coisas (…) Depois à tarde quando chegava a casa, a minha mãe perguntava-me se a professora tinha enviado trabalhos para casa e eu respondia que não e mostrava-lhe os cadernos vazios – Risos – Enganava as duas, a professora e a minha mãe.
Acho perfeitamente normal que uma criança manifeste este tipo de raciocínio. O que não acho é normal é ver um fulano de 40 anos vangloriar-se por ter feito das tripas coração na escola para… ficar com os mesmos ensinamentos com que entrou. Por vezes não percebo como é que uma Nação como a nossa, capaz de feitos inimagináveis, consegue ser o berço de personalidades tão díspares. Desde Camões, Pessoa, Saramago, Sophia Mello Breyner a um taxista feliz por ser burro e que estaciona o carro à porta da Estação dos comboios no local destinado aos deficientes.

domingo, novembro 19, 2006

CONSIDERAÇÕES SOBRE...

Bolas - Na Terça-feira, os Sub-21 portugueses venceram a Servia por 3-0. Este jogo é um marco na história do futebol nacional, já que é a primeira vez que num encontro arbitrado por Olegário Benquerença, uma equipa vestida de Azul não ganha!
Politica - Depois de ler no Correio da Manhã a abordagem ao livro de Santana Lopes sobre a sua Ministralidade, reconheço que fui demasiado duro. O ex-P.M. reforça as contrariedades por que passou ao salientar que lhe “faltou o apoio de uma mulher”, confirmando assim que recebeu poucas ajudas de Paulo Portas.
Street Fighter - O líder do do P.S.D. Marques Mendes, apesar de Licenciado encartado, confirmou que sabe muito pouco de técnicas de Guerrilha Urbana. Uma das regras elementares de Street Fight que se aprende na Escola e na Rua, é a máxima: Se o teu adversário for maior que tu, bate e foge! Mendes, revelou total desconhecimento da Cartilha de Rua ao inverter a ordem da batalha; Ao invés de atacar Sócrates e fugir para o Brasil, ele fugiu para o Brasil e só depois atacou Sócrates. Já devias saber, miúdo; Do outro lado do rio, uma biqueira 44 não chega aqui! Mendes partirá do Brasil para os Estados Unidos onde pretende visitar o Rancho de Neverland e, se possível dar umas voltas no comboio mágico e descobrir porque lhe chamam mágico. Pelo meio terá confessado que já não volta à EuroDisney: “Da última vez que lá fui, confundiram-me com uma personagem do elenco da Branca de neve e os 7 anões e um Esquilo com cio tentou abusar de mim”.
Prevenção infantil - Que história é esta dos medicamentos para crianças? Já repararam que qualquer medicamento para crianças tem um aviso a dizer: “Manter fora do alcance das crianças”. Como podemos ministrar um medicamento que tem uma espécie de Providência cautelar em relação ao doente?
- Ò pai, dá-me o xarope.
- Não posso, filha. Diz aqui para manter fora do alcance das crianças!
- Mas pai…
- Não e não! Está fora de questão. A não ser que consigas arranjar uma forma de ingerir o xarope sem estares a menos de 50 metros do mesmo. Este xarope e o teu estômago têm uma relação impossível!
BailadoAdoro Bailado. Ver aquelas bailarinas esbeltas com aquelas licras apertadas ao corpo. Vi uma vez uma vez o Romeu e Julieta, e foi maravilhoso. Oh, sim, se foi! Fiquei sabendo que a Julieta não devia ser boa peça, porque quando caiu morta no chão, todo o corpo de bailado dançou frenético de alegria à sua volta! Não foi mau. Mas aquelas bailarinas… Que elasticidade!...
Sado-Masoquismo - A SIC diz que 70% dos Sado-masoquistas portugueses vivem em Lisboa. Eu diria mais: Vivem em Lisboa e foram a Braga ver o Benfica de Fernando Santos.
Angustia - Pela segunda vez no Nails Saloon recusam-se a arranjar-me as unhas dos pés. Vou escrever uma carta ao Presidente da Republica. Se tal não resultar vou acampar-lhes à porta!
Foto: O avião de Marques Mendes no Aeroporto se São Paulo.
Boa semana!

sábado, novembro 18, 2006

Hermengarda Sabão - Uma mulher, uma vida (Peça de Teatro)

Segue-se um breve trecho das famosas peças de teatro de Francis. Sempre polémico, o autor aborda sem preconceitos todos os tabus da sociedade, chocando até os maiores defensores da liberalidade e provocando acesa discussão quer na praça publica, quer nos cafés de bairro, descambando na maior parte das vezes em cenas de pancadaria. A controvérsia desta peça fez inclusive com que fosse banido da sua própria casa pela esposa e pela filha de 6 anos durante duas horas seguidas.
Acto 1
Hermengarda Sabão, é uma mulher como tantas outras que, à porta dos quarenta, deseja engravidar pela terceira vez, embora as todas as tentativas para a demover e tentar convence-la a ter antes um segundo filho, sejam infrutíferas. Desconsolada, pois Toino, seu marido passa os dias na café a jogar matraquilhos, às cartas e a beber – e não por esta ordem, necessariamente – o seu único amigo e confidente é o seu Ginecologista, o Doutor Zé, um homem que vive amargurado por possuir três testículos e ter agora de remover um deles mas não se conseguir decidir qual, uma vez que se afeiçoou a todos de forma igual.
Doutor ZéPortanto o seu marido revela melhoras…
Hermengarda Algumas, senhor doutor. Ele ainda fala com a mobília depois de chegar do café. Mas está mais contido em relação ao arrancar pelos do peito para dentro do prato da sopa.
Desesperada, Hermengarda refugia-se, sempre que pode, na literatura, passando cada vez mais tempo nos livros. As suas incursões pelas letras, levam-na por meios ainda pouco claros ao país dos brinquedos onde conhece o Noddy. Encanta-a a mistura de cores tão naive, a serenidade dum país onde apenas existem 2 malfeitores já referenciados pela Policia. Onde não precisa lavar roupa ou cozinhar. Apaixonada, deixa-se cair nos braços de Noddy e os dois têm uma relação escaldante interrompida 3 minutos depois quando confessa uma certa atracção pelo nariz pontiagudo do Pinóquio. Num assomo de ciúmes, o seu amante atira-lhe um queque à cabeça inchando-lhe um olho e surpreendo-a com a consistência do bolo. Desconsolada, regressa à vida real, mas na Estação, uma Gazela rouba-lhe a carteira.
Intervalo… Distribuem-se pipocas pela assistência.
Acto 2
Hermengarda - Tinha razão, Doutor, eu devia ter-lhe dado ouvidos, mas tive agora uma luz que me alumiou. Foi quando ouvi uma canção do Carlos do Carmo…
Doutor Zé - Foi a “Retalhos da vida dum médico”? – Indagou com um lampejo de esperança nos olhos.
Hermengarda - Não. Foram as “Canoas do Tejo”, lembrei-me das gaivotas e depois descobri que estava apaixonada pelo Leiteiro.
Doutor Zé - Como?... – Pergunta com a voz rouca de desespero – Como foi associar as Gaivotas ao Leiteiro?
Hermengarda consuma a paixão pelo Leiteiro e ambos partem num cruzeiro à Tunísia sem saber que carrega no ventre o fruto do seu amor por Noddy. Desgostoso, o médico recorre finalmente à cirurgia para retirar um testículo mas fá-lo num dos hospitais que o Governo se prepara para fechar. A operação, feita no chão duma sala escura sem luz, é um fracasso e, por engano, retiram-lhe o pénis, dando razão a Zé Sócrates quanto à falta de condições dos hospitais. Desesperado, o Doutor Zé tenta o suicídio apontando uma pistola à cabeça e disparando. Lamentavelmente, a arma é um embuste, pelo que, ao premir o gatilho, sai pelo cano uma bandeira de xadrez. O disparo não o mata, mas a haste da bandeira fura-lhe uma vista cegando-lhe um olho.
Cai o pano.

quinta-feira, novembro 16, 2006

MANIENTO, EU?...

A Eu mesma fez a contas e chegou à conclusão que eu tinha 5 manias. Eu fiz as contas e achei que tenho mais. Pela quinquagésima vez me fazem o repto das 5 manias – e ainda bem que são só 5 porque a partir da sexta é que começam aquelas mesmo picantes – ao qual não me vou recusar pois aos amigos nada se recusa (dentro do humanamente possível).
Mania 1 – Sempre que me cruzo com uma senhora na rua, fico a olhar-lhe para as calças. Sou apaixonado por esta peça de vestuário e não me coíbo a contemplar as suas formas, quer sejam Ganga, Bombazine ou Terylene.
Mania 2 – Interrogar-me sobre o sentido da vida. Porque razão, temos que nos levantar pela manhã cedo? Porquê ir trabalhar todos os dias? Está bem, pelo dinheiro. Mas… e além disso? Para quê? Para quê?
Mania 3 – Desprezo gente falsa, desonesta, hipócrita e má. Quando foi implantada a Republica, criou-se um local onde seriam fechados todos os pilantras desonestos deste país. 900 Anos volvidos, a Assembleia da Republica modernizou-se, adaptou-se, mas eles não param de entrar.
Mania 4 – Novamente as interrogações; Porque temos que usar roupas se viemos ao mundo completamente nus – ou parcialmente, em certos casos? Não será verdade que as roupas nos inibem e constringem o corpo e a mente? Porque não podemos andar nus? Tentei explicar isto à rapariga da Modalfa e ela atirou-me com um sapato nº 44 e ainda por cima cor de caramelo. Quem calça um numero destes? Vá-se lá entender!
Mania 5 – Gosto de andar de comboio, de canoagem, de viajar, de praia e sobretudo, da família e dos meus amigos. Perto ou longe, com ou sem rosto mas com muita, muita alma. Não. Não estou a brincar. Já não se pode falar a sério?
Mania 6 - … Ops. Eram só cinco. E é uma pena porque esta!... :-)
Passagem de testemunho: Os nomeados não se podem esquivar e terão por sua vez que enumerar as suas manias. Caso tenham :-)
À Minha Musa do Tejo, Porque não resisto!
Ao Rafeiro Perfumado porque tem muito Pedigree! (Não consigo o link mas sabes quem és :-)

terça-feira, novembro 14, 2006

LEITURA DA SEMANA

A Rádio Comercial no seu programa da manhã de hoje, fazia a promoção ao lançamento do best of de George Michael. Anunciavam-se prendas às primeiras chamadas. Os maiores fans do cantor de música de marmelada que ligaram apanharam uma das maiores desilusões de sua vida. Ganharam o CD quando estavam à espera de receber um Kit de joelheiras para casa-de-banho devidamente autografado. Sabiam que os Wham acabaram porque a amizade entre os membros da banda foi abalada quando se tornou claro que todos se queriam ver pelas costas?
Não interessa. A notícia do dia é o lançamento do livro de Pedro Santana Lopes. O livro chama-se "Percepções e realidade", o que, em português quer dizer: Foram-me ao cu e não me pagaram. Esta obra, agora arremessada vem na linha das teorias das cabalas, tema tão profundamente enraizado na cultura portuguesa, e esclarece de uma vez por todas que Santana não é nenhum idiota imbecil; Simplemesnte, não o deixaram trabalhar!
Esta obra promete polémica, sobretudo com o marido da Bárbara Guimarães que já acusou Santana Lopes de plágio, afirmando que o livro é igual ao seu, mudando apenas os nomes das personagens.
De qualquer forma, o Barbiku aconselha vivamente a sua leitura a toda a sociedade portuguesa, sobretudo àqueles que já o compraram, uma vez que, para limpar o cu, o papel não serve.

sábado, novembro 11, 2006

Grandes crimes nacionais envoltos em mistério 1

A tragédia deu-se em 1968. A perna da cadeira que aparava as nádegas do professor oliveirinha ter-se-à partido acidentalmente forçando o pequeno ditador a tão valente quanto inesperada chifrada no soalho. Inicialmente pensou-se na hipótese de um acidente, mas vozes próximas do chefe do governo levantaram a clarividente suspeita: Como é que uma perna de Mogno se parte assim sem mais nem menos? Américo Tomás exigiu a presença de dois investigadores especializados em madeiras vindo directamente dos armazéns de Paços de Ferreira, mas os resultados obtidos não foram os esperados e os dois investigadores nunca mais foram vistos, embora tenham assinado a autorização de doação dos órgãos internos. Não satisfeito, o Presidente da Republica, segundo na hierarquia nacional, pediu mais dois investigadores que vieram de Itália, da Divani & Divani. Os resultados voltaram a ser inconclusivos e Tomás, irritado, mandou-os de volta sem lhes pagar as viagens ou o subsídio de refeição. Salazar nunca recuperou da queda; ficou xexé e faleceu em 1970. Para ser enterrado tiveram que tirar a perna da cadeira que se encontrava cravada no coração. Crime ou acidente, o certo é que apesar do sucesso que lhe é reconhecido, nunca o mobiliário de Paços de Ferreira fez tanto pelo país.
Quando ouviu um enorme estrondo naquela noite fria de 1980, Alberto Pepino, morador em Camarate, voltou-se para a esposa que já dormia profundamente e terá dito: “Olha, para isto, a esta hora da noite é que o vizinho decide assar as castanhas!”. Contudo, Pepino estava longe de imaginar que a verdade era bastante mais trágica e aborrecida. Um Cessna, que transportava o Primeiro-Ministro de Portugal, Francisco Sá Carneiro despenhara-se no quintal de sua casa matando-lhe todas as galinhas. Seguiram-se 20 anos de inconclusivas avaliações de peritos em aeronáutica. O maior entrave às investigações foi a ausência das duas caixas negras do aparelho que desapareceram misteriosamente aparecendo no seu lugar dois enormes sacos azuis. Entre os destroços, apenas foi recuperada em condições uma cassete áudio onde se ouvia a voz do co-piloto dizendo: “Olha um despertador, e traz uns charutos cubanos agarrados, mas está 5 minutos atrasado. Vou acerta-lo...”
Este caso permanece um mistério até aos dias de hoje e ninguém do Governo reembolsou as galinhas que Alberto Pepino perdeu:
“Já casei a minha filha e tive que matar o galo!”.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Crónica excepcional... de gente extra-ordinária

Ventríloquos – Qual de nós, vulgar mortal, poderá no seu perfeito juízo ignorar a arte sublime do ventriloquismo? Será a arte poética de Camões superior à extraordinária habilidade dum gajo que mexe os lábios e a voz aparece na boca do outro? Alberto João Jardim e Marques Mendes protagonizaram durante esta semana a mais fantástica relação simbiótica ventríloquo/Marioneta de que há memória na história da humanidade. Esta relação é inédita, pois é mantida a grande distância mesmo tendo um rio cheio de sardinhas e carapaus pelo meio. No entanto, o facto mais fantástico, é o de que o próprio boneco consegue ser mais eloquente na língua portuguesa do que o seu mestre, que só emite grunhidos. O líder do PSD, entretanto, manifestou-se contra esta aproximação de Marques Mendes ao ditador carnavalesco da ilha. É certo que ambos são a mesma pessoa, mas tal não os impediu de ter uma acesa discussão no interior da sede do Partido.
O Jogador explosivo – O Jornal Record de Terça-feira, fala de Carlitos, jogador do FC Sion. Noticia que o jogador já partiu a perna pelo perónio e que no site do clube suíço, só se dizem maravilhas do futebolista que aparentemente “tem dinamite nos pés”. Ora, se o jogador tiver substâncias explosivas nos pés, não admira que tenha partido o perónio. Aliás, estamos na presença de um verdadeiro milagre, já que o normal seria ter perdido ambas as pernas ou braços… e qualquer das duas hipóteses seria preferível a ter que defrontar o Petit.
Delegados sexuais – A Liga de Clubes entregou ao Benfica o Relatório dos 3 Delegados ao jogo dos encarnados com o clube do apito dourado. Até aqui tudo normal, não fosse o caso de apenas terem sido nomeados 2 Delegados ao jogo. Eu repito para não haverem confusões: A Liga apenas nomeou 2 Delegados, mas enviou ao Benfica o Relatório de 3 Delegados; Esta notícia vem confirmar outra já por nós, avançada, na qual os Delegados da Liga têm relações sexuais, engravidam e dão à luz durante os jogos de futebol. Entretanto, o FC Porto, único clube português que num ano envelhece dez, apresentou as contitas da SAD(link). Parece que existe uma discrepância de 36 milhões no Deve e no Haver - ou seja: Deveriam Haver mais 36 milhões mas não há!
A angustia da semana - Já repararam que o Foderico nunca mais decide se fica com a Floribella ou a Delfina? Será que o gajo é um coninhas indeciso, ou está a ser manhoso e tentar ficar com as duas para tentar um menáge à trois?

terça-feira, novembro 07, 2006

Fabulas futebolísticas 1 (O Pinto e a Cruz)

Estas são as famosas fabulas barbikurianas sobre futebol. Quem não gosta de futebol está proibido de as ler. Quem as ler terá que as enviar a 12 pessoas conhecidas. Caso quebre a corrente, acontecer-lhe-ão desgraças intermináveis, e receberá em casa um poster do Ministro Manuel Pinho devidamente autografado.
O João Pinto chegou ao Estádio do Braga acompanhado pela Marisa Cruz. Para estacionar contou com a preciosa ajuda dum Arrumador encartado que lhe indicou o melhor local dos duzentos que se encontravam disponíveis. O acidente deu-se quando João Pinto (mais conhecido no estrangeiro por John Chicken) confundiu o pedal que tinha mais à mão e, ao invés de travar o carro, carregou no acelerador do mesmo, atropelando o pobre do Arrumador que perdeu a cabeça. Marisa Cruz saiu do carro em pânico e contemplou horrorizada a cabeça decepada ainda com as pálpebras intermitentes.
- João, fofinho. Acho que mataste o homem! O corpo está ali, a cabeça está aqui. Despacha-te! Temos que fazer respiração boca-à-boca!
João Pinto saiu por sua vez do carro, algo hesitante. Põe um rebuçado de Halls na boca e encara a sua Marisa.
- Acho que ele não tem salvação… Perdeu muito sangue!
- Oh, não! E agora que fazemos? Tenho que estar no estúdio às 9 horas – Perante a hesitação do crack, Marisa insiste – Despacha-te, João! Tens que fazer qualquer coisa!
Eis chegado o momento da vida do jogador. A tal encruzilhada que nos calha a todos e cuja decisão é irreversível. “Que fazer? Se o gajo estivesse de pé, ainda lhe podia dar um soco no estômago. Assim… “. Apesar da tentativa desesperada de conciliar as ideias, a cabeça parece tê-lo abandonado. Subitamente, o tão desejado click. João Pinto alça a perna e faz aquilo que tanto o celebrizou; Atirou-se para o chão. Perdão, ele fez a segunda coisa que mais o celebrizou e pontapeou a cabeça do Arrumador com um remate vigoroso. Esta voou por cima do Estádio e rebolou encosta abaixo desaparecendo do seu olhar e confirmando a máxima; longe da vista, longe do coração.
- Ai, meu João! – Gritou a Marisa extasiada – Que potência de remate! Com um homem assim, quem é que precisa ganhar ao Euromilhões?!
Mais tarde, no regresso a casa, Marisa volta à carga.
- Tenho de confessar que receei por ti. Houve um momento em que hesitaste. Eu dizia para pensares e tu não reagias.
- Eu, pensava, filha, eu pensava. Mas só me vinham à cabeça as mamas da Soraia Chaves!

domingo, novembro 05, 2006

SALMOS ERÓTICOS 13

- Perdoe-me, Padre, porque pequei.
- Meu filho, a carne é fraca. Xó no espírito poderemos axar a paz eterna. Diz-me o que te apoquenta.
- Bem, fui infiel à minha mulher, senhor Padre.
- Perxebo, xedeste à tentaxão com outra mulher.
- Na verdade, não. Fui-lhe infiel mas não de forma carnal, apenas em espírito. Cada vez que fazemos amor, imagino que estou a faze-lo com a rapariga da loja dos chineses. Isto também é traição, não é?
- Qual das raparigas, a maior ou a mais pequena?
- A mais pequena. Sempre tive uma coisinha por asiáticas. Aliás, são as minhas preferidas nos sites da net.
- Perxebo…
- Imagine que no outro dia, estava na loja a cheirar umas cuecas de mulher quando ela apareceu. Foi embaraçoso, como pode imaginar; tive de enfiar um fio dental vermelho no nariz para fingir que me assoava.
- E ela? Reagiu bem à xua fraqueza?
- Sim, acho que sim. Depois chamou a Policia.
- Deve ter sido embaraxôjo para xi.
- Foi muito chato, até porque tive de voltar lá mais tarde para acabar a prateleira que me faltava. Diga-me uma coisa, Padre; O senhor diz que a carne é fraca, mas olhe que o espírito não lhe fica atrás…
- Não xerá nada que uma penitência adequada e uma ximbólica contribuixão para a reparaxão do xino da Igreja, não poxam atenuar.
- Por falar no Sino, tenho outro pecado a juntar à minha conta.
- Qual?
- Bem, no outro dia quando vim aqui, apanhei na sacristia aquela freira jeitosita que o ajuda na missa. Apanhei-a de costas, alcei-lhe as vestes e… zás! Foi uma, mesmo ali em frente à Nossa Senhora. Desculpe, mas não resisti…
- Não perxebo, filho. Eu não tenho freira nenhuma a ajudar-me na mixa.
- Claro que tem. Então, é aquela que puxa o sino!
- Ixo não é nenhuma Freira. Tu xodomizaste o meu xacristão!
- Bolas, eu devia ter desconfiado daquela vozita rouca! Vai-me dar alguma penitência grave, senhor Padre?
- Ai, filho, tens tanta coija que vou ter que apontar no papel.
- Então… se não fosse incómodo, apontava-me também o número de telefone do Sacristão?

quinta-feira, novembro 02, 2006

Antropologia Cultural

Durante os meus oitavo ou nono anos, frequentei na Secundária a Disciplina de Antropologia Cultural. Esta era então a cadeira responsável por ensinar aos educandos de que não existem povos melhores nem piores, que a cor da pele, a fisionomia ou os hábitos não poderiam ser avaliados segundo escalas métricas de eficiência intelectual.
Gostei muito da Disciplina de Antropologia Cultural.
Agora sei que os Ministros do Governo Finlandês (país rico) se deslocam para o trabalho nos transportes públicos. Em Portugal, os nossos Ministros têm cada qual à disposição um veiculo BMW, AUDI ou MERCEDES, topo de gama que ronda os 75 mil euros, com motorista particular incluído no pacote e que recebem, ainda assim, subsídio dos Transportes que não usam.
O novo Primeiro-Ministro no Japão, para fazer face à crise (Crise? Vê-se que nunca esteve em Portugal) já anunciou que vai baixar o seu ordenado e dos seus colaboradores. Em Portugal os nossos Ministros tem elevados ordenados e reformas que recebam em simultâneo e que, das quais não podem prescindir.
Enfim, outros países outras culturas.
A isto chama-se Antropologia Cultural.
Aviso importante: O Barão de Tróia tem um amigo hospitalizado que precisa urgentemente de sangue B Negativo. Este tipo de sangue é muito raro, pelo que se pede a quem o tiver ou conhecer alguém que o tenha o favor de contacta-lo directamente no Site. Obrigado.