CSI Alfama - Episódio 1 Série 1
O CSI Zé chegou à Mansão de Cascais grande ‘pra chuchu às 20 horas da noite. Tocou insistentemente a campainha ao centro da porta enquanto o olhar de Falcão registava todos os pormenores à sua volta, sem que reparasse no Criado que, entretanto atendera.
- Tem piada, as últimas 3 buzinadelas foram menos sonoras e mais moles.
- É porque era o meu nariz, senhor.
Seguiu-o pelo interior da casa brutalmente charmosa onde se destacavam uns magnificos cães brancos de porcelona com 80 centímetros de altura, em que os olhos eram particularmente rodeados por um anel negro ardósia, certamente da Marinha Grande, do período das greves e cargas policiais; por outro lado, a castração das figuras denotava já um sentimento Freudiano de impotência em relação não apenas à progenitora, mas também à Policia de Choque.
Na grande sala reinava a confusão. O CSI mandou a Confusão embora e ficaram apenas os Policias, a criadagem e um homem a vender gelados em volta do corpo inerte e frio de Esteves Navalhado, um dos mais ricos empresários de Cascais que fizera fortuna vendendo palmilhas de sapatos com diversos sabores a fruta e, portanto, comestíveis.
- Acha que ele morreu do quê? – Pergunta-lhe um Inspector Toni.
- Hum, quer dizer, para além das três facas que tem espetadas nas costas?... Repare – Debruça-se sobre o cadáver – Há aqui algo que chama imediatamente a nossa atenção.
- Também reparei. As facas são do IKEA. Também comprei lá umas e partem-se todas. Estes gajos tão finos, são uns agarrados; provavelmente até fazem compras no LIDL.
- Não. Referia-me ao facto de faltar uma faca nas costas da vítima. Foram-lhe espetadas 4 facas, mas uma terá sido retirada.
- Ah, pois. É sempre um mistério.
- Não existem sinais de arrombamento. Isto só pode ser trabalho interno. Reuna a criadagem, ponha-os aqui em bicha. Vamo-nos pôr em cima deles até ficarem com as calças no chão.
- Vamos enraba-los?
- Não, homem! Interroga-los! Vamos fazer perguntas! Mas que merda de Série tinha de me calhar; Eu que estava tão bem na Remax a vender apartamentos.
Com todo stafe reunido, o CSI Zé dirigiu-se ao Mordomo:
- O senhor, estava onde, na altura do crime.
- Estava na cozinha fazendo Ratatouille.
- Hum, um prato amaricado. Aponte ai, Inspector Toni. Este gajo é suspeito. – Depois dirigiu-se a uma jovem Camareira morena na outra ponta da fila.
- A senhora pode dar-me o seu número de Telemóvel?
- Porquê? É importante para a investigação?
- Hum... nem por isso.
Dá dois passos até ao centro da sala e anuncia solenemente enquanto os também rufam histericamente assinalando o climax (e é a terceira vez que isto acontece nestas bandas).
- Já sei quem é o assassino.
Faz-se um bruá geral na sala. Os segundos seguintes parecem séculos. Bem... uns minutos.
- O Assassino é o Mordomo.
Novo bruá geral.
- Maldito CSI Zé! – Vocifera o Mordomo – Como foi que descobriu? Pensei que tinha feito tudo bem!
- Quase, meu caro, quase. No entanto, existem dois equivocos que apontam imediatamente para si. Primeiro: O Mordomo é tradicionalmente o assassino. – Pausa – Segundo...
- Ah, tem um segundo! – Exclamou o Inspector Toni.
- Claro. Eu disse que eram Dois!
- Pensei que estivesse a fazer blufe!
- Adiante. A Quarta faca que matou o morto, a que falta nas suas costas está... inexoravelmente nas suas mãos pingando o tapete de sangue!
Perante tamanha evidência, o Mordomo baixa a cabeça.
- Que merda. Eu pensava que tinha feito tudo bem.
- Diga-me, porque o matou?
- Ele descobriu que o meu Curso de Mordomo da Universidade Independente era falso e ameaçou denunciar-me à Ordem se não satisfazesse as suas necessidades macabras.
- Quais eram?
- Não sei. Disse-me apenas que eram macabras – Pausa – Espera aí! A faca e o sangue não provam nada! Eu posso ter-me cortado na cozinha ou sujado de sangue quando me debrucei sobre a vítima!
Breve e embaraçosa pausa.
- Hum... Podem levá-lo. Não se fala mais nisto.
- Posso, ao menos terminar a Ratatouille? Só me falta descascar a cenoura!
- Não te preocupes. Na prisão do Linhó terás... Cenoura de sobra para descascar.
Risada geral muito maliciosa.
- Tem piada, as últimas 3 buzinadelas foram menos sonoras e mais moles.
- É porque era o meu nariz, senhor.
Seguiu-o pelo interior da casa brutalmente charmosa onde se destacavam uns magnificos cães brancos de porcelona com 80 centímetros de altura, em que os olhos eram particularmente rodeados por um anel negro ardósia, certamente da Marinha Grande, do período das greves e cargas policiais; por outro lado, a castração das figuras denotava já um sentimento Freudiano de impotência em relação não apenas à progenitora, mas também à Policia de Choque.
Na grande sala reinava a confusão. O CSI mandou a Confusão embora e ficaram apenas os Policias, a criadagem e um homem a vender gelados em volta do corpo inerte e frio de Esteves Navalhado, um dos mais ricos empresários de Cascais que fizera fortuna vendendo palmilhas de sapatos com diversos sabores a fruta e, portanto, comestíveis.
- Acha que ele morreu do quê? – Pergunta-lhe um Inspector Toni.
- Hum, quer dizer, para além das três facas que tem espetadas nas costas?... Repare – Debruça-se sobre o cadáver – Há aqui algo que chama imediatamente a nossa atenção.
- Também reparei. As facas são do IKEA. Também comprei lá umas e partem-se todas. Estes gajos tão finos, são uns agarrados; provavelmente até fazem compras no LIDL.
- Não. Referia-me ao facto de faltar uma faca nas costas da vítima. Foram-lhe espetadas 4 facas, mas uma terá sido retirada.
- Ah, pois. É sempre um mistério.
- Não existem sinais de arrombamento. Isto só pode ser trabalho interno. Reuna a criadagem, ponha-os aqui em bicha. Vamo-nos pôr em cima deles até ficarem com as calças no chão.
- Vamos enraba-los?
- Não, homem! Interroga-los! Vamos fazer perguntas! Mas que merda de Série tinha de me calhar; Eu que estava tão bem na Remax a vender apartamentos.
Com todo stafe reunido, o CSI Zé dirigiu-se ao Mordomo:
- O senhor, estava onde, na altura do crime.
- Estava na cozinha fazendo Ratatouille.
- Hum, um prato amaricado. Aponte ai, Inspector Toni. Este gajo é suspeito. – Depois dirigiu-se a uma jovem Camareira morena na outra ponta da fila.
- A senhora pode dar-me o seu número de Telemóvel?
- Porquê? É importante para a investigação?
- Hum... nem por isso.
Dá dois passos até ao centro da sala e anuncia solenemente enquanto os também rufam histericamente assinalando o climax (e é a terceira vez que isto acontece nestas bandas).
- Já sei quem é o assassino.
Faz-se um bruá geral na sala. Os segundos seguintes parecem séculos. Bem... uns minutos.
- O Assassino é o Mordomo.
Novo bruá geral.
- Maldito CSI Zé! – Vocifera o Mordomo – Como foi que descobriu? Pensei que tinha feito tudo bem!
- Quase, meu caro, quase. No entanto, existem dois equivocos que apontam imediatamente para si. Primeiro: O Mordomo é tradicionalmente o assassino. – Pausa – Segundo...
- Ah, tem um segundo! – Exclamou o Inspector Toni.
- Claro. Eu disse que eram Dois!
- Pensei que estivesse a fazer blufe!
- Adiante. A Quarta faca que matou o morto, a que falta nas suas costas está... inexoravelmente nas suas mãos pingando o tapete de sangue!
Perante tamanha evidência, o Mordomo baixa a cabeça.
- Que merda. Eu pensava que tinha feito tudo bem.
- Diga-me, porque o matou?
- Ele descobriu que o meu Curso de Mordomo da Universidade Independente era falso e ameaçou denunciar-me à Ordem se não satisfazesse as suas necessidades macabras.
- Quais eram?
- Não sei. Disse-me apenas que eram macabras – Pausa – Espera aí! A faca e o sangue não provam nada! Eu posso ter-me cortado na cozinha ou sujado de sangue quando me debrucei sobre a vítima!
Breve e embaraçosa pausa.
- Hum... Podem levá-lo. Não se fala mais nisto.
- Posso, ao menos terminar a Ratatouille? Só me falta descascar a cenoura!
- Não te preocupes. Na prisão do Linhó terás... Cenoura de sobra para descascar.
Risada geral muito maliciosa.
7 Comments:
Ya, Ya, Rodrigo. Põe o meu nome numa das tuas camisetas.
oh pá a tua imaginação é brilhante, estive a imaginar esse dialogo a ser interpretado... do melhor!
eheh!! Elementar, caro Francis, elementar! Um policial digno de um George Simenon, sem dúvida! A perspicácia do CSI Zé deixou-me de boca aberta, tal a astúcia, o profissionalismo. Só ele se lembraria de culpar o Mordomo, tal a falta de indícios!
ehehh!! Um abraço infernal!
yaya, rodrigo, bom negócio
ó seu francis, havia necessidade de se meter com o engenheiro?
yayya
houve lá, cenouras? é pah assim estás a assustar quem quiser cometer crimes,
cenouras... bem que eu ouvi falar que tenho que me portar bem senão há por lá gajos com cenouras, yayaya
fui, vim dos copos e vou voltar outra vez...
ouve, se falares com o rodrigo, yayaya, sabes que há comments que valem o post... epah, excelente... d´-lhe cumprimentos meus, para mim camisetas com ovelhinhas, não gosto de cabras
só tu fazias que eu soltasse gargalhadas sonoras:))))))
Parabéns e obrigado!
Beijos
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