O CÃODIDATO

Foto 1: Alberto João, numa Reunião do parlamento regional.

A questão paira sobre muitas cabeças neste momento, embora não seja visível, pois como se sabe, uma questão não tem forma física: Quem deverá merecer a confiança de Marques Mendes na candidatura à Câmara Municipal de Lisboa?
Depois dos fiascos com Santana Lopes e Carmona Rodrigues, o Partido Laranja precisa agora de apresentar um cãodidato cuja fasquia da integridade e competência esteja acima de qualquer suspeita. Evidentemente, para ser cãodidato social-democrata à maior Câmara do país não basta ser melhor que os anteriores, porque senão, qualquer um seria suficiente. A Oposição está à espreita e nestas coisas, o melhor é nem facilitar e controlar os dados desde o primeiro movimento. Alem disto, uma provável coligação PS-CDU deixa Mendes, também ele, pouco à vontade para virar as costas a Paulo Portas. Então, quem? Quem deverá ser o cãodidato, com qual toda a Direita se identifica, que congregue e mobilize massas entusiastas à sua volta?
Inapelavelmente, a única figura com perfil à altura da responsabilidade é... Alberto João Jardim. Os resultados na sua Ilha falam por si; 65% da população madeirense votou nele e nem precisa saber ler ou escrever; basta ter um olho para ver a fotografia do doutor e saber desenhar uma cruz. A ilha é dele e nunca ninguém lá obrou tanto em tão pouco tempo.
O próprio Mendes, já terá feito a escolha, mesmo que, apenas, de forma inconsciente. Basta ter em conta as suas últimas intervenções onde, fazendo uso da sua invulgar clarividência de Pinguim Real depois de ingerir Silicone para colar móveis de cozinha; Criticou severamente aquilo que considera o fraco índice democrático de José Sócrates a quem acusa tentar manietar a liberdade de expressão na Comunicação social e de Absolutismo no Parlamento. Ao mesmo tempo, põe-se em bicos dos pés para se vangloriar da vitória do “seu” PSD na Ilha, uma Região onde, como é sabido, a Democracia é vendida às carradas! Ou seja, para Mendes, Sócrates é um Ditador e Jardim, um Democrata. Esta atitude é perfeitamente compreensível depois de termos em conta o número de dioptrias das suas lentes.
Perante este cenário, pouco mais restará às cúpulas do PSD que apresentar Jardim como seu cãodidato para garantir Lisboa, restando depois, decidir qual dos braços direitos do líder ilhéu tomará o assento carnavalesco do Governo Regional, entretanto deixado vago; sendo que, a hipótese duma prova oral e escrita para definir competências não estará colocada de parte.
Nota final: Quando digo “Prova Oral”, é isso mesmo e não aquilo que estão a pensar.

Foto 2: Marques Mendes, comendo Calippo de Coca-Cola no Fun Center.