O Poste das férias

Escrevo esta nota em plena praia onde me encontro de férias; ou seja, a 100 metros de casa. Este Verão decidi convidar os meus amigos para passear no meu barco novo acabadinho de comprar. Outra razão para tal, é que a bomba de pé está avariada e para se encher um insuflável da Camping Gaz, são precisos pelos menos uns 4 gajos bombando a plenos pulmões. É nestas alturas que me dava jeito ser amigo do Conde Castelo Branco; o seu fôlego aliado à sua experiência, dava para encher os 5 pipos sozinho em menos de 10 minutos; os nossos e provavelmente, do resto da praia. Este ano, deixei o Joca em terra; Baldava-se quando chegava a sua vez de remar alegando que os remos da Barbie o intimidavam. Além disso, durante a navegação arranhava sempre as costas do pessoal com as unhas dos pés porque raramente as cortava.
Normalmente navegamos pela costa até uma praia deserta onde fazemos uma sardinhada, embora todos os anos, seja inevitável a mesma discussão com a “Maria”; que insiste sempre em levar uma geleira extra mesmo sabendo que já não há espaço para mais nada.
- Vai ao colo de um! – Insiste.
- Ò filha, já somos 10, mais 4 geleiras e 1 fogareiro. O barco só tem 1 metro e meio! Não vês que não cabe?
Finalmente aceita que tenho razão, mas acaba por leva-la na mesma.
Ao meu lado, alguém ouve Quim Barreiros. Vem-me à lembrança o Pastor Hermínio, que a SIC foi descobrir à Serra da Estrela e que agora, na sequência da campanha nacional “Adopte um Pastor” leva a passear de Limousine pelo Rio de Janeiro.
Parando em Copacabana o Jornalista pergunta ao Hermínio:
- Então, Hermínio, que dizes destas mulatinhas todas giraças de fio dental?
- Huum... são... engraçadas... Mas o que eu sinto mesmo, é falta da companhia das minhas Ovelhas!
Palavra de honra! Depois de 3 minutos de Quim Barreiros, também eu começo a achar que existe algo transcendental para além das formas Geométricas do Ovino. Com um rouge bem carregado nos lábios e a lã bem aparada e fofinha, as ovelhas do Hermínio ganham outras formas mais sensuais e ninfáticas. Quando a cassete está a meio, já só me apetece sair a correr pela praia à procura duma Dolly. Bonita ou feia não interessa; qualquer uma serve.
O maior destaque em Lisboa foi a Parada gay e a vinda de Pinto da Costa à Capital. A vinda de Pinto, por si só, nem devia ser grande novidade porque a cidade está de tal forma marginalizada, que não será a chegada de mais um que fará transbordar a panela. O líder do Clube Dourado que não se fez acompanhar pela namorada porque “Entrava de serviço à meia-noite” privilegiou o Benfica no seu discurso, aliás, único tema da noite, a uma pequena audiência de labregos deliciados. O ponto alto deu-se quando, no intervalo de dois Trifene 200 para as costas, retirou do bolso do casaco um papelinho dobrado em quatro que depois de aberto se revelou ser a prova incontestável de que, afinal, é o Benfica quem suborna os árbitros. A razão porque não entrega documento tão valioso à Policia Judiciária, é um autêntico mistério.
Depois dos encarnados, Derlei assinou pelo Sporting. Não sem que antes tivesse feito exames médicos exigídos pelos dirigentes lagartos que, depois de o verem passar 4 meses no Benfica sem acertar com as balizas, pensaram que o jogador teria graves problemas de visão até porque, na altura da assinatura do contrato, rubricara por engano, o visto na gravata do presidente leonino. Parece que afinal está tudo bem; Derlei consegue ver a bola 30 centímetros à frente do nariz, o que, para os padrões do Sporting é muito bom. O problema é que tem um pé torto, tendo já começado a receber treino específico de Paulo Bento:
- Sempre que rematares para a baliza, não remates. Atira para fora!
Para a Época que se avizinham, os jogadores do Benfica vão-se vestir como equipamento alternativo de... cor-de-rosa. Sinceramente, já passei por muitas vergonhas na minha vida, mas nada comparado com isto! E olhem que não sou eu que terei que vestir a roupa da Barbie. Estou a imaginar o Fernando Santos a incentivar os seus pupilos antes dum grande jogo:
- Olhem para a vossa camisola e… honrem-na! Sintam o Emblema, a sua… cor… o... o... respeito que a camisola incute nos adversários... e... Nós somos homens ou quê?!
Isto será fácil para ti, Fernando. Não serás tu que terás de entrar em campo vestido como uma Bratz!