O Poste do Carnaval

Imbuído no mais puro e orgásmico espírito carnavalesco, o Nobel, Ramos Horta, anunciou que vai propor o Presidente da Europa, Durão Barroso, para receber igualmente tão distinto galardão na categoria de: PAZ. Ainda pensou em Melhor actor secundário e Guarda-roupa, mas as vagas já estavam preenchidas (linque).
Os mais cépticos poderão objectar e colocar o tipo de questões que lhes são características, aquelas de índole céptica. Mas se olharmos com atenção – e não me refiro a olhar ao perto porque aí, não encontramos nada! – Se colocarmos o nosso campo de visão na linha horizonte e semicerrarmos os olhos, veremos que não existe nenhuma personalidade neste século XXI que tenha feito tanto em prol da paz como Durão Barroso. Seguido de muito perto, é certo, por Jorge Buxo, os Israelitas, e os Políticos da Al-Qaeda.
Vejamos:
1 – Como Primeiro-Ministro de Portugal, salvou o país do marasmo e da monotonia, ao espalhar o boato que a nação vivia em Tanga; coisa que ninguém sabia, pois até então, os portugueses pensavam que o dinheiro que tinham no Cartão de Crédito, existia de facto dentro dos cofres do Banco. A sua acção, que muitos ignóbeis aproveitadores poderão considerar de histérica e pouco máscula, serviu de ponto base para uma grave crise financeira, despedimentos em massa e o avolumar da miséria no país. É claro que os portugueses ficaram mais pobres, mas por outro lado, livraram-se de muitos bens materiais e passaram a procurar a sua infinita riqueza interior.
2 – Volvidos dois anos de brilhante Ministralidade, recebeu um convite para ser Presidente da Europa e lá foi ele. Não fugiu às responsabilidades como o mariquinhas do Guterres, apenas… saiu porque o seu trabalho em Portugal estava feito e o país estava “no caminho certo”. Aliás, foi o seu magnífico desempenho como Primeiro-Ministro que lhe valeu a convocatória à Selecção europeia. Além disso, os alemães, os ingleses e os franceses só aceitavam um “Presidente” seu ou então, Neutro e, já agora, Nulo.
3 – A guerra ao Iraque. A situação no país das mil-e-uma-noites não podia continuar assim. Um país corrupto, com os representantes dos altos cargos, a receberem luvas, chorudos ordenados extra, reformas milagrosas enquanto os seus conterrâneos viviam na miséria – Assim mais ou menos como Portugal - Enfim, Durão deu o murro na mesa; Chamou de imediato Jorge Buxo, Toni Blér e o Zé Maria Azar aos Açores e fez-lhes um Ultimato: Ou vocês nos acompanham ou Portugal invade o Iraque sozinho! Eles, após a hesitação inicial, aceitaram; tendo sido o resultado de 3 a 1, com o Zé Maria a tirar o pauzinho mais pequeno.
Começou desta forma, a grandiosa campanha de Paz lusitana. Actualmente, Portugal tem Trinta e tal soldados a impor a ordem, muito bem secundados por umas centenas de milhar de americanos. A custo, o caos tem sido erradicado, sobretudo, as bombas que deixaram de cair dos céus, embora os garrafões de vinho mal cheguem para todos.
4 – Como se não bastasse, teve um papel importante na paz em Timor-Leste. A bem dizer, nem sei bem como, mas se vem na Wikipédia deve ser porque é verdade. Aliás, é um cidadão timorense quem o propõe; Ramos Horta, que prova desta forma e de uma vez por todas que, mesmo não percebendo nada de moda e não saber que as Gillettes já foram inventadas, Politica é com ele; e se diz que Durão Barroso merece o Nobel, então que se lixe, dêem-lhe o Nobel, que temos mais que fazer.
P.S. Além disso, parece que estou mesmo a ver o Durão colocar-se de peito aberto entre a população timorense e as baionetas dos soldados indonésios e gritar a plenos pulmões: “Aqui me têm! Se querem chegar aos timorenses, terão que passar por cima do meu cadáver!”

P.S. 2 - Estou mesmo a tentar parar. Até já deixei de ver o Telejornal.