“… acontece que a fulana até parecia ir à bola comigo e vai daí, mais bagaço menos bagaço, levei-a para o meu apartamento que fica no 2º do 28 da Rua Direita. Mal entramos, atirei-me em cima dela e nem a deixei respirar. Arrastei-a pela casa até ao quarto onde a joguei para cima da cama como se fosse um boneco e tirei-lhe o soutien e as cuequinhas com um simples puxão. Ela, que não era de muitas falas, ainda gemeu um protesto em nome da altivez e do orgulho femininos mas o desejo era tanto que mal podia esperar para sentir o meu bastão do amor dentro de si e ver o arco-íris nascer resplandecente à sua volta.
O inesperado aconteceu quando no meio de tanta excitação, mordi-lhe acidentalmente o pescoço. A princípio soltou um suspiro que parecia de prazer, porém, quando pensei que me ia agarrar com mais força, desatou a voar em redor do quarto até sair pela janela que se encontrava aberta e entrar numa loja de tintas no rés-do-chão em frente.
Fiquei furioso, como podem imaginar. Peguei na factura e fui a correr à loja do chinês pedir o dinheiro de volta. Acontece que já era a segunda que me rebentava nos braços! Garantiram-me que a borracha era boa e resistente, blá, blá, blá. Então porque razão não aguentou uma simples dentadinha?”
Em, "Só o poderão ler aqui" de Francis